Mercosul é fundamental para exportações, mas precisa crescer

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Por: Pedro Leal

23/04/2021 - 05:04

“O Mercosul é fundamental para a nossa indústria. Para alguns produtos, o bloco continua como principal destino das nossas exportações, como o setor automotivo, a cadeia química e os têxteis”, disse o embaixador Michel Arslanian, em live promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), na terça-feira (20).

O evento não se restringiu, no entanto, a apontar o papel essencial do bloco para a economia nacional – mas também a precarização do bloco, que precisa de medidas para acelerar seu crescimento.

O Mercosul já teve uma participação maior nas exportações brasileiras, algo em torno de 10% em 2010. Hoje está na casa dos 6%, mas ainda assim, é uma participação relevante, explicou o embaixador, que é diretor do departamento de Mercosul e integração regional no Ministério das Relações Exteriores.

O evento virtual, que debateu os 30 anos do Mercosul, foi dedicado ao diretor da CNI, Carlos Abijaodi, que faleceu na segunda-feira (19). Ele era um profissional reconhecido por sua atuação no comércio exterior e nas negociações internacionais pelo setor privado.

O Tratado de Assunção, que instituiu o Mercosul, foi assinado em 26 de março de 1991, em Assunção, no Paraguai. O bloco é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e outros países associados.

O gerente de políticas de integração internacional da CNI, Fabrizio Pazini, disse que o Mercosul é o primeiro ou o segundo destino das exportações para sete estados do Brasil (Amazonas, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Na visão dele, o bloco precisa criar metas comuns para estimular a retomada do crescimento econômico.

Ele apresentou dados que mostram que o Mercosul vem crescendo abaixo da média mundial e dos emergentes. No período de 2011 a 2020, o crescimento médio do bloco foi de 1% enquanto os emergentes cresceram 4% e a média mundial foi de 2,7%. “O fato de termos economias instáveis no Mercosul prejudica nosso crescimento e nosso comércio”, salientou.

Whatsapp Pay

A entrada do WhatsApp no setor de serviços financeiros do país pode ocorrer ainda no primeiro semestre de 2021, com o início das operações do WhatsApp Pay, o serviço de pagamentos do aplicativo de mensagens.

Segundo a empresa, ligada ao Facebook, o recurso será restrito aos clientes das instituições parceiras já anunciadas: correntistas do Banco do Brasil, Nubank ou Sicredi, que sejam, também, detentores de cartões das bandeiras Visa ou Mastercard emitidos pelos mesmos bancos.

A implementação do serviço foi temporariamente suspensa em 2020 por decisões do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No mês passado, o app recebeu a aprovação da autoridade monetária brasileira para disponibilizar a opção de transferências diretas entre seus usuários.

Lamborghini

A Lamborghini Latinoamérica, empresa mexicana que detém licença para uso da marca europeia na América Latina, está estudando investimentos em Santa Catarina. As informações são da Coluna de Estela Benetti, da NSC.

A principal parte do plano de investimentos é abrir uma fábrica de veículos de luxo 100% elétricos, com investimento superior a R$ 300 milhões. A lista de projetos inclui condomínio residencial de alto padrão em Governador Celso Ramos, centro de desenvolvimento tecnológico no Sapiens Parque e parcerias para licenciados da marca em vários setores, desde jeans até elevadores.

Americanas

A rede de hipermercados e e-commerce Lojas Americanas, controlada pela IF Capital Ltda dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, anunciou a aquisição de 70% das ações do Grupo Uni.co, dono da catarinense Imaginarium, e das lojas Puket, MinD e Lovebrands.

O acordo prevê a compra da outra parte de ações (30%) em três anos. Esta é mais uma negociação de marcas brasileiras nesta fase de consolidações devido à pandemia.

Pix Internacional

As próximas etapas do Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), podem incluir a implementação do Pix internacional, que permitirá a transferência em tempo real de recursos do Brasil para o exterior.

A ferramenta está em estudo, ainda sem previsão para entrar em funcionamento, mas o BC deve propor em breve uma série de mudanças nas normas cambiais, visando a modernização do sistema de câmbio e a introdução de novas tecnologias como essa.