“Lei do Gás vai reduzir preço e alavancar investimentos, avalia Fiesc”

Os investimentos fazem parte do novo Plano Plurianual de Negócios da Empresa | Foto: SC Portais

Por: Pedro Leal

26/08/2020 - 05:08

A nova Lei do Gás (PL 6.407/13) tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados e tem previsão de ser votada na próxima semana.

O presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, destaca a importância da aprovação do novo marco, que vai promover a abertura desse mercado no país.

“É um projeto com texto moderno e atual, que traz segurança jurídica aos investidores que atuam nesse mercado. Além disso, tem potencial para reduzir substancialmente o preço do insumo”, afirma, lembrando que a aprovação da lei cria um ambiente favorável a novos investimentos, fundamentais para a retomada econômica do país nesse período de crise.

Aguiar destaca o empenho da bancada federal na votação que aprovou o regime de urgência do projeto. “Agora, reiteramos o pedido para que nossos parlamentares mantenham esse apoio na votação no plenário”, afirma.

O presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc, Otmar Josef Muller, lembra que o gás está mais presente na vida das pessoas do que elas imaginam.

O insumo é usado na fabricação de produtos de setores como químico, plástico, fertilizantes, revestimentos cerâmicos, vidro, aço, papel, alumínio, tecidos e remédios.

“Em Santa Catarina, a indústria responde por cerca de 80% do consumo de gás natural. Entre as atividades que mais usam estão revestimentos cerâmicos, vidro, metalmecânica e têxteis. Quando o gás tem preços mais competitivos, os produtos fabricados no estado e no país ficam mais baratos, aumentam as vendas internas e as exportações e conseguimos gerar mais empregos. Ou seja, toda a sociedade se beneficia”, explica Muller.

O preço do gás natural no país se tornou um dos mais caros do mundo.

“É três vezes mais caro que o norte-americano e o dobro do preço do insumo na Europa. Nos últimos dez anos, enquanto esses países agiram e conseguiram reduzir o custo, nós ficamos discutindo a legislação e não fomos adiante. Então, nossos produtos perderam competitividade”, alerta Muller, lembrando que houve redução nas exportações de produtos como revestimentos cerâmicos e químicos, atividades intensivas no uso do insumo.

Doações

Nesta segunda-feira (24) o Hospital Jaraguá recebeu mais duas importantes contribuições no apoio ao enfrentamento da pandemia de coronavírus na região do Vale do Itapocu.

Em ação conjunta da FIESC por meio da Liga de Doações Conecta SC e do Sesc, com o programa Máscara para Todos, foram entregues à instituição hospitalar 250 litros de álcool em gel e 1.120 máscaras para proteção fácil, itens utilizados na prevenção à Covid-19 pelos profissionais de saúde e pela comunidade em geral.

O Hospital Santo Antônio, de Guaramirim também recebeu mais doação da comunidade empresarial. Nesta semana, a Raumak Metal repassou à unidade 400 aventais. Os itens são avaliados em mais de R$ 2 mil.

Adequado ao atendimento de infectados pelo novo coronavírus no município, o HSA conta com uma segunda porta de entrada de emergência aberta exclusivamente para o recebimento de pacientes com sintomas gripais.

O setor possui sete leitos de emergência e dez leitos de internação específicos para tratamento da Covid-19.

Vacina

A Itália iniciou testes de uma candidata a vacina contra a Covid-19 em humanos nessa segunda-feira (24), juntando-se a um esforço global em busca de uma reação ao vírus, que deu sinais de estar ressurgindo na Europa.

O Instituto Lazzaro Spallanzani, um hospital de Roma especializado em doenças infecciosas, realizará testes com 90 voluntários nas próximas semanas, na esperança de que uma vacina esteja disponível até a primavera local do ano que vem.

Crédito ampliado

Os estados e os municípios poderão contrair mais R$ 6 bilhões em empréstimos no sistema financeiro.

Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta segunda-feira (24) a elevação do limite de crédito dos governos locais para 2020.

Com a decisão, o limite global de contratação de operações de crédito pelos governos locais passou de R$ 12 bilhões para R$ 18 bilhões.

Micro e pequenas

A Caixa Econômica Federal e a Confederação Brasileira da Indústria (CNI) fizeram um acordo de cooperação técnica para facilitar o acesso ao crédito por micro e pequenas indústrias.

De acordo com a CNI, o acordo de cooperação técnica firmado entre as duas entidades prevê o enquadramento das empresas direcionadas ao banco pelos Núcleos de Acesso ao Crédito (NACs) estaduais.

Os juros podem chegar até 28% menos que a taxa balcão e há possibilidade de carência de até 60 meses para pagamento. O dinheiro pode ser usado tanto para capital de giro, como para aquisição de máquinas e equipamentos.

 

Quer mais notícias do Coronavírus COVID-19 no seu celular?

Mais notícias você encontra na área especial sobre o tema:

Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:

WhatsApp

Telegram Jaraguá do Sul