O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou na noite de segunda-feira (16) que o governo pretende injetar até R$ 147,3 bilhões na economia nos próximos três meses para amenizar o impacto do coronavírus sobre a economia e o sistema de saúde.
Segundo o ministro, a maior parte dos recursos vem de remanejamentos, de linhas de crédito e de antecipações de gastos, sem comprometer o espaço fiscal no Orçamento.
Conforme Guedes, até R$ 83,4 bilhões serão aplicados em ações para a população mais vulnerável, até R$ 59,4 bilhões para a manutenção de empregos e pelo menos R$ 4,5 bilhões para o combate direto à pandemia.
“Vamos cuidar dos mais idosos. Já anunciamos os R$ 23 bi para entrar em abril e mais R$ 23 bi para maio (sobre antecipação para aposentados e pensionistas do INSS) e antecipar abonos para junho (R$ 12 bi)”, diz Paulo Guedes ao falar das medidas para a população mais vulnerável.
O ministro definiu como prioritárias três das 19 propostas em tramitação no Congresso Nacional que constam de ofício enviado na semana passada aos presidentes da Câmara e do Senado
. A primeira é a Proposta de Emenda à Constituição do Pacto Federativo, que descentraliza recursos da União para estados e municípios. A segunda é a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização de Eletrobras, que renderia R$ 16 bilhões ao governo neste ano.
Acij suspende atividades
A Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) definiu a suspensão das atividades até a Páscoa, 12 de abril, em resposta ao coronavírus – a suspensão pode ser prolongada, dependendo da evolução da pandemia.
Aos associados e a comunidade em geral, a entidade informa que estão cancelados todos os cursos de capacitação e encontros dos núcleos.
Os grandes eventos como o Meeting Comex e o Prêmio Akademos de Educação previstos para este primeiro semestre estão suspensos e deverão ser reagendados.
Gastos
A necessidade de recursos para socorrer a economia pode fazer o governo alterar a meta de déficit primário em 2020, disse nesta segunda-feira (16) o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Ele, no entanto, descartou qualquer mudança no teto federal de gastos.
“Se tiver necessidade de mudar meta de primário, será mudada”, disse o secretário do Tesouro. Ele reafirmou que o Ministério da Saúde determinará o tamanho da alteração.
“Ainda não sabemos de quanto [será a mudança]. Se for necessário, será reconhecida a mudança da meta neste ano”.
Secretário em isolamento
O Ministério da Economia confirmou há pouco que o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da pasta, Marcos Troyjo, contraiu a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
O secretário acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos na semana passada.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Economia, Troyjo não desenvolveu sintomas e trabalha de casa, de onde obedece às diretrizes de isolamento definidas pelo Ministério da Saúde.
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