A plena retomada da economia no pós-pandemia passa por duas questões essenciais: a melhor infraestrutura e mão de obra qualificada para as empresas em seus projetos de expansão. A opinião é do vice-presidente regional da Fiesc, Célio Bayer, em reforço às ações que a entidade, que representa a indústria catarinense, tem feito com o objetivo de ampliar parcerias com os municípios, e foi dada em evento na Associação Empresarial de Guaramirim (Aciag), na quarta-feira (6)
“Quando o empreendedor planeja seus investimentos, com a ampliação de plantas já existentes, ou em novos negócios, conta muito o que o município oferece em infraestrutura e, principalmente, a qualidade dos trabalhadores da região”, observa Bayer, que também preside a Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria, um dos segmentos setoriais da Fiesc e, no Vale do Itapocu, coordena o Comitê de Desenvolvimento Regional.
O empresário destaca o esforço dos atuais gestores municipais com a questão, aderindo cada vez mais ao trabalho de articulação com o Comitê. Explica que várias parcerias têm sido viabilizadas para atender as demandas por qualificação, em Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba, Corupá, Schroeder e Barra Velha.
Célio Bayer lembra que o CDR foi instituído em 2019, em iniciativa que deu continuidade ao PDIC – Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense, lançado em 2012 com a realização de estudos que apontaram os setores produtivos mais promissores de Santa Catarina.
A partir de então, foram identificados, com base em pesquisas, 16 segmentos de maior potencial a serem estudados como potenciais de incremento por regiões. Na etapa seguinte, com a participação de universidades, instituições de pesquisas, e entidades que representam as categorias econômicas, foram realizados estudos e painéis, com a definição de rotas estratégicas de acordo com as vocações de cada região.
Bayer reafirma o compromisso do Comitê de Desenvolvimento Regional de unificar os esforços de prefeituras, iniciativa privada, Associações Empresariais e instituições de ensino no Vale do Itapocu para a prospecção de programas que ajudem a melhorar a competitividade do setor produtivo.
Bolsa
O governador Carlos Moisés anunciou na quinta-feira (7) uma medida para combater a evasão escolar em Santa Catarina, através de uma “bolsa estudante”. O decreto já foi assinado. A medida prevê 11 parcelas mensais de R$ 568, retroativas a fevereiro, condicionadas à presença escolar. Os termos específicos do benefício ainda não foram divulgados, mas deve ser voltado a estudantes de baixa renda.
Sebrae
Pequenas empresas receberão ajuda gratuita para tirar ideias inovadoras do papel. Em parceria com o Ministério da Economia e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) está escolhendo até 300 projetos para receberem capacitação empreendedora, mentorias e apoio tecnológico por dez semanas.
Safra
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu sua estimativa para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas neste ano. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em março, a estimativa é que o País feche 2022 com uma safra de 258,9 milhões de toneladas, 1% abaixo (ou 2,7 milhões de toneladas a menos) que o volume previsto na pesquisa de fevereiro.
Mesmo com a redução da previsão de um mês para outro, o Brasil ainda deve ter safra recorde este ano, com uma produção 2,3% acima (ou 5,7 milhões de toneladas a mais) que no ano passado, de acordo com o IBGE.
ICMS [1]
A primeira sessão plenária do calendário especial de atividades da Assembleia Legislativa, realizada na quarta-feira (6), foi dominada por pronunciamentos acerca das alíquotas do ICMS para o leite UHT, a farinha de trigo e as bebidas quentes, e também do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). O tema envolve os vetos do governo do Estado às emendas promovidas pelos deputados ao Projeto de Lei 449/2021, que buscam alterar os índices do ICMS aplicado aos setores. Após o adiamento da votação dos vetos em plenário para a obtenção de um acordo entre as partes, o governo já vem sinalizando as próximas medidas que adotará sobre a questão.
ICMS [2]
Em reunião com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite-SC) e deputados estaduais, também realizada na quarta-feira (6) na presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o Governo do Estado expôs a intenção de enviar um novo projeto de lei (PL) para reduzir o ICMS do leite longa vida para 7% e, assim, incluir novamente o produto na cesta básica.