“Diretor jurídico da Facisc frisa importância de representação junto ao poder público”

Foto Divulgação

Por: Pedro Leal

04/12/2018 - 05:12

Dirigindo evento na Acijs sobre aspectos jurídicos do ambiente de negócios na última sexta-feira (30), o vice-presidente jurídico da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), André Chedid Daher, ressaltou a importância da representação setorial junto ao governo do Estado e a União.

Na abertura da reunião, o presidente da Acijs, Anselmo Ramos, reforçou o papel da assessoria de advogados e especialistas em áreas que afetam o dia a dia das entidades.

“Todas as mudanças causam uma insegurança natural e o olhar estratégico do corpo jurídico é cada vez mais relevante para compreendermos e minimizarmos os reflexos de qualquer alteração nas legislações. Esta visão nos dá segurança no sentido de afinarmos a gestão com a realidade do mercado”, pondera.

Na mesma linha de pensamento, Daher lembrou que embora as entidades empresariais de maneira geral sejam competentes na gestão de seus recursos, na representação sempre há espaço para a maior eficiência.

“O nosso DNA é de trabalho, mas é importante estimular a competitividade e com inovações conquistar os associados”, sinaliza. Ele cita as capacitações voltadas à melhoria da gestão, e soluções e benefícios às empresas como alternativas que as entidades buscam avançar de maneira continuada.

“Desde o início deste ano, a Federação vem atuando junto à classe produtiva e à classe política. Fizemos um levantamento criterioso junto às associações empresariais e nossos mais de 34 mil associados para saber o que Santa Catarina precisa”, conta.

Estes mais de 700 apontamentos foram organizados em uma cartilha e entregues a mais de mil candidatos em todo o Estado.

Como representante do empresariado catarinense dos mais diversos segmentos de atuação, a entidade espera que o novo governo tenha uma aderência com os pleitos levantados pelo projeto Voz Única, que a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina desenvolve desde 2010 para  unificar a voz da classe.

“De agora em diante, como entidade representativa estaremos firmes no nosso papel de fiscalizar, de cobrar, de dar as mãos e contribuir com os eleitos, porque sabemos que muito do que nos espera depende de cada um de nós”, frisa o vice-presidente.

Ele espera que esses pleitos, que também são inerentes ao governo federal, sejam parte do planejamento e venham a se tornar realidade, citando pautas como o real incentivo à competitividade das indústrias, passando pela estruturação das ferrovias em todo o Brasil, a reforma tributária, a validação da reforma trabalhista, as reformas previdenciária e política.

Ele também destacou questões de melhoria das rodovias, como a duplicação da BR-280, a quadruplicação da BR-101, a melhoria urgente da BR-470.

“No que tange às expectativas em relação à gestão pública, esperamos o enxugamento da máquina (Movimento Brasil Eficiente), a redução do número de sindicatos, e o efetivo combate à corrupção para colocarmos o Brasil de volta nos trilhos”, encerrou.

Fim do Ministério do Trabalho

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que o atual Ministério do Trabalho será desmembrado, e as áreas de atuação serão divididas para três pastas: Justiça, Economia e Cidadania.

Onyx falou sobre o tema em entrevista à “Rádio Gaúcha” na manhã desta segunda-feira. A declaração confirma os temores quanto a extinção da pasta que completou neste ano  88 anos.

Tarifas portuárias

Mais da metade das empresas exportadoras brasileiras consideram que as tarifas cobradas em portos e aeroportos são um problema consideravelmente prejudicial à venda de bens e serviços para o exterior.

O resultado está na pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e feita com 589 empresas exportadoras.

Nas entrevistas, o segundo item mais crítico apontado pelas companhias é a dificuldade de oferecer preços competitivos na disputa com outros países.

Idosos no mercado de trabalho

A maioria das empresas no Brasil ainda resiste a contratar pessoas com mais de 50 anos, mas essa realidade terá de mudar porque a tendência é de aumento gradativo da população idosa e de faltarem jovens para o mercado de trabalho.

A afirmação foi feita na última sexta-feira (30) pelo presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), José Pastore, durante encontro que discutiu a atual e a futura situação do idoso no mercado.

Fiscalização de criptomoedas

A Receita Federal pretende criar até o fim deste ano um meio para fiscalizar as operações com criptomoedas.

Após fazer diligências nas corretoras que atuam nesse mercado para entender como controlam as próprias atividades, o órgão elaborou uma minuta de instrução normativa, que abriu para consulta pública em seu site para ver como regulamentar o setor.

O órgão espera que a medida evite o uso de criptoativos para sonegação fiscal, corrupção e lavagem de dinheiro.

 

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