Como esperado, Copom eleva taxa de juros

Por: Pedro Leal

10/12/2021 - 06:12 - Atualizada em: 10/12/2021 - 08:17

Com o aumento da inflação, o Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos para tentar segurar a alta dos preços. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou nesta quarta-feira (8) a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão era esperada por analistas do mercado financeiro.

O presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Luis Hufenüssler Leigue, avalia que a decisão do Copom reflete uma expectativa que já vinha sendo cogitada por analistas, diante do comportamento do mercado.

A elevação da taxa de juros, lembra o empresário, é sempre um recurso adotado como forma de contenção da inflação e do custo para a população porque afeta o poder de compra, que tem sido comprometido nos últimos meses.

Por outro lado, quando os juros aumentam também há impacto direto em quem busca financiamentos. A demanda por recursos para investimentos é afetada diretamente e muitas vezes inibe iniciativas que podem ajudar no próprio reaquecimento da economia.

Ressalta que encontrar um ajuste fino que considere as demandas do País para a retomada do crescimento e ao mesmo tempo evitar a expansão mais acelerada dos índices de inflação é o desafio das instituições responsáveis pela política monetária.

A posição não é universal, no entanto: A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, por um novo aumento da taxa básica de juros, Selic, em 1,5 ponto percentual.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os últimos dois trimestres de retração do Produto Interno Bruto (PIB) deixaram evidente o quadro adverso da atividade econômica. Além disso, efeitos defasados do aumento da Selic devem contribuir, nos próximos meses, para desestimular ainda mais o consumo e, por consequência, desacelerar a inflação.

 

Repudio

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), que representa 149 associações empresariais filiadas e mais de 35 mil empresas associadas, emitiu uma nota de repúdio a “qualquer manobra que possa prejudicar o andamento das obras nas rodovias catarinenses”. A nota foi emitida em resposta ao remanejamento de R$ 40 milhões dos orçamentos para a duplicação da BR-470 e a recuperação da BR-163 por parte do Ministério da Infraestrutura.

Quarentena

Todas pessoas, brasileiras ou estrangeiras, que entrarem no Brasil por via aérea, a partir deste sábado (11), terão que apresentar documentos de teste negativo para a Covid-19 e comprovante de vacinação, caso contrário vão ter que passar por uma quarentena de cinco dias na cidade de destino.

Na hipótese de voo com conexões ou escalas em que o viajante permaneça em área restrita do aeroporto, os prazos referidos serão considerados em relação ao embarque no primeiro trecho da viagem.

Deu ruim

A indústria brasileira registrou a menor participação tanto na produção como nas exportações mundiais em 2020. Esse é o pior desempenho dos dois indicadores desde o início das duas séries históricas, em 1990. A participação no valor adicionado da indústria de transformação mundial ficou em 1,32% em 2020, abaixo do 1,35% registrado em 2019.

INPI

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) lança nesta sexta-feira (10), às 14h, em Florianópolis (SC), a segunda fase de sua Vitrine de PI, uma plataforma gratuita para anunciar e encontrar ativos de Propriedade Industrial. O objetivo é estimular a negociação desses ativos, gerando receitas para seus detentores e oportunidades para investidores, além de fomentar a realização de parcerias para inovação.

Defesa

As exportações da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira chegaram a US$ 1,575 bilhão, neste ano, até novembro, resultado recorde. A informação é do Ministério da Defesa que espera fechar o ano com US$ 2 bilhões em exportações. Em 2020, as exportações atingiram US$ 777,1 milhões.

 

Criptos

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei 2303/15, do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que prevê a regulamentação, por órgão do governo federal, da prestação de serviços de ativos virtuais. As informações são do Portal Money Times.

A proposta, aprovada na forma do substitutivo do relator, deputado Expedito Netto (PSD-RO), será enviada ao Senado.