O que virá depois do abismo

Por: Elissandro Sutil

12/04/2016 - 04:04

Até domingo, os olhos do Brasil estarão voltados para o desfecho da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. A previsão dos analistas e do único deputado federal catarinense na comissão especial, Mauro Mariani (PMDB), é que a presidente Dilma cairá. Lembrando que o processo precisará passar pelo Senado depois. Argumentos contra o governo existem as centenas assim como também há contra o impedimento e sobre alguns abusos na operação. Mas é fato que já não existe clima para o PT no Planalto Central. O que virá depois é que ninguém sabe ao certo dizer. A única certeza é que nada mudará se a lógica da política brasileira não for alterada.

Como já se viu com Collor, com a compra de votos pela reeleição de FHC, com o mensalão de Lula e agora com o petrolão – sim porque embora o processo contra Dilma seja pelas pedaladas, o que os parlamentares estão avaliando são as denúncias da Lava-Jato -, a queda de um presidente ou a vitória da oposição não significa quase nada.

Sem mudar o sistema político, com quem quer que seja o presidente, o governo será igual, o Congresso será igual e a corrupção persistirá generalizada. Não é possível fazer política com foco no bem estar da população quando se tem 30 partidos, todos querendo uma boquinha e fazendo chantagens por cargos e benefícios. Os tempos são difíceis e se tudo se resumir a um suposto duelo entre PT x PSDB, do bem contra o mal, oposição x governo, teremos todos perdido a batalha, não importando se você é coxinha, petralha ou isentão.

O povo já mostrou que sabe ir às ruas, por que não cobrar então uma Constituinte Exclusiva para fazer a reforma política com regras claras de financiamento eleitoral, limite de partidos, fidelidade partidária sem janelas nem frestas, cláusulas de barreira, para assim construir uma democracia representativa de verdade e menos sujeita ao lamaçal?

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Foto: Divulgação

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Obras tem novo secretário
O servidor de carreira, Ivan Wolter, foi apresentado ontem pelo prefeito Dieter Janssen (PP) como novo secretário de Obras. Wolter diz que deve apresentar suas prioridades na próxima semana, depois de conhecer a realidade da estrutura, mas um dos destaques sem dúvida serão os novos projetos de pavimentação que já têm recursos garantidos.

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Fröhlich anuncia candidatura
Em reunião do PSD, na noite de sexta-feira, o prefeito de Guaramirim Lauro Fröhlich lançou oficialmente sua candidatura à reeleição e deu pistas de quais devem ser seus principais argumentos na tentativa de conquistar o eleitor.  Projetos como a Modernização Administração Municipal (PMAT), Plano de Saneamento Básico, criação do Conselho Consultivo para o Hospital Santo Antônio e a revisão do Plano Diretor foram destacados. “Reconheço que nem sempre conseguimos atender a todos, pois em alguns momentos questões externas não foram favoráveis, mas tenho consciência que fiz tudo que pude e que esteve ao meu alcance com seriedade e comprometimento que nossa terra merece”, discursou.

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