Insistentemente os políticos tradicionais fazem previsões de que nada ou quase nada mudará no pleito de outubro. Ou seja, acreditam que mesmo com a Lava Jato e o descrédito recorde tudo ficará como sempre foi. Pode ser, infelizmente, que eles tenham razão.
Há de se reconhecer que os esforços para isso foram feitos: como a minirreforma eleitoral, a diminuição do tempo de campanha e a divisão do fundo beneficiando aqueles que estão no poder.
Ao Legislativo, as projeções são de que a renovação não passará de 35% e nesse índice entram aqueles que deixam de ser deputado/senador para tentar buscar uma vaga de governador, ou então, ex-governadores que querem ser senador. Ou seja, novo, mas nem tanto.
O sistema realmente beneficia os grandes partidos, a política tradicional, o conglomerado de alianças sem ideologia. Entretanto, até aqui, o que se tem visto é que mesmo entre os caciques as estratégias são errantes. No país, há dois fatores ainda xeque.
Um deles é o quanto Bolsonaro conseguirá sustentar sua liderança apenas com as redes sociais. Até agora peça chave na disputa, o tempo de televisão passa a ser visto com um pouco de desconfiança.
A outra variável é o PT, quando a sigla jogará a tolha e anunciará o nome do candidato? Que força terá Lula como cabo eleitoral?
O PSDB de Geraldo Alckmin sofre menos com as instabilidades, já conseguiu formar uma aliança e indicar uma vice, a senadora Ana Amélia Lemos do PP gaúcho.
Em Santa Catarina, a situação não é diferente. A um dia do fim do prazo para as convenções, todo mundo é candidato, mas muitos deles podem não ser.
Na segunda-feira, com as alianças definidas e o tabuleiro formado, a dúvida a ser respondida será: o eleitor mudou com a Lava-Jato, ou os critérios para escolha de candidatos ainda são os mesmos de antes?
De cabo eleitoral
A confirmação da gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) como vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) agradou os pepistas da região. O ex-prefeito Dieter Janssen terá a oportunidade de retribuir o apoio que vem recebendo há anos da senadora.
Ana Amélia já veio ao município pedir votos a Dieter e também, a convite dele, participou de uma plenária da Acijs.
“Ficamos presos no trânsito aguardando a passagem do trem na minha campanha, uma demanda nossa ela já sentiu”. Lembra Dieter.
Cidadania e transparência
Ao lado dos vereadores mirins Clara Pereira e Vinícius Benner, o presidente da Câmara, Anderson Kassner (PP), prestou conta ontem dos seis primeiros meses da sua gestão no comando da Casa.
Anunciou a modernização dos processos, novos cortes de gastos, que devem somar R$ 1,16 milhão até o fim do ano, e a sugestão de que as sobras da Câmara sejam utilizadas pelo Executivo na contratação de médicos para o Pama.
“Às pessoas ficam horas e horas no pronto atendimento dos hospitais porque não têm para onde ir”, justificou.
Ônibus para deficientes
A Câmara aprovou nesta quinta-feira, em votação única, por unanimidade de votos, o Projeto de Lei nº 183/2018, do Executivo, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência, no transporte coletivo.
Pela nova lei, a locomoção das pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida acontecerá mediante agendamento prévio.
Por segurança, somente serão atendidos cadeirantes cujas cadeiras possuírem dimensões padronizadas e compatíveis com a capacidade do equipamento elevador e de segurança.
Rota de orgânicos
Vereador Eugênio Juraszek (PP) encaminhou indicação ao Executivo para que seja criada uma rota dos produtos orgânicos na região do Garibaldi.
“O objetivo é difundir o turismo no município, visando o desenvolvimento sustentável e integrado, impulsionando o processo artesanal e orgânico. Acredito que é uma inciativa simples e de baixo custo, que teria enorme impacto na economia e na geração de emprego e renda, pois outras atividades também se beneficiariam”, diz o parlamentar.
Eleições
- PSDB, PP e PSD ainda tentam acertar os ponteiros e podem fechar a tríplice aliança. O problema é que ninguém quer ceder.
- O PSD de Merisio tem a coligação pronta, programa de governo e cálculos a seu favor. Entretanto, o PSDB de Paulo Bauer e o PP de Esperidião Amin têm as pesquisas.
- Entre as contas mostradas pelo PSD é que junto com outros nove partidos já coligados (PSB, PDT, PRB, PSC, PCdoB, SD, Pros, PHS e Podemos), a aliança tem 75 prefeitos, 680 vereadores e 65 vices.
- Só o MDB ganha; tem 124 prefeitos, 1.085 vereadores e 114 vices.
- Já o PP, em aliança com DEM e PV, soma 49 prefeitos, 558 vereadores e 60 vices. O PSDB, até agora em chapa pura, tem 38 prefeitos, 355 vereadores e 33 vices.
- Pré-candidato a deputado federal, Carlos Chiodini (MDB) mostrou força em evento realizado em Florianópolis. O jaraguaense reuniu cerca de 400 apoiadores, entre eles, secretários de Estado, presidentes de fundações e diversos vereadores.
- A política como ela é. Cercado de desconfianças, especulava-se que seria rifado por Udo Döhler e depois por Eduardo Pinho Moreira, Mauro Mariani chega à convenção do MDB neste sábado com a chapa mais concretizada do que concorrentes como Gelson Merisio (PSD), que desenhava a aliança desde 2017.
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