“Novo e PSL serão as novidades da eleição municipal em Jaraguá do Sul”

Foto Divulgação

Por: Elissandro Sutil

06/11/2018 - 05:11

As eleições deste ano representaram a abertura de um novo ciclo político no país. O brasileiro fez opções, em geral, mais à direita, conservadora e, sobretudo, de mudança.

Foi mais do que uma onda, foi um tsunami, ou avalanche. O PSL foi o partido que mais cresceu e o Novo o que mais impressionou, não somente pelos números, mas pela forma e pelo discurso.

O partido do presidente eleito Jair Bolsonaro elegeu 76 candidatos nas Assembleias Legislativas, ante 16 em 2014. Já entre os partidos que surgiram após a eleição de 2014, o melhor desempenho foi registrado pelo Novo, que elegeu 12 deputados estaduais.

Na Câmara federal, o PSL terá a segunda maior bancada com 51 deputados, além disso, terá três governadores a partir de janeiro, incluindo Carlos Moisés em Santa Catarina.

O Novo elegeu oito deputados federais na sua primeira disputa e fez também o governador de Minas Gerais Romeu Zema.

E é com esses resultados que as duas siglas projetam a eleição de 2020. Nos municípios da região há espaço para crescer e as lideranças tanto de um quanto do outro partido traçam suas estratégias.

Há poucos dias, o deputado federal eleito pelo PSL, Fabio Schiochet, garantiu à coluna que o objetivo é ter candidatos à majoritária e proporcional em todas as cidades do Vale do Itapocu. Jaraguá do Sul está no radar.

Por enquanto nenhum nome é citado e publicamente ninguém confirma nada. Mas nos bastidores levanta-se a possibilidade do ex-vereador Jair Pedri (PSD) se filiar à sigla. Outro nome citado é o do vereador Anderson Kassner, do PP.

Coordenador do Novo, o empresário Guilherme Vogel também é claro ao dizer que a sigla já trabalha com a meta de ter chapa completa em Jaraguá do Sul: candidato a prefeito, vice e vereadores.

Assim como no PSL, nenhum nome é divulgado, mas com certeza Leandro Schmöckel Gonçalves saiu grande do pleito de outubro ao fazer mais de 23 mil votos na sua estreia nas urnas.

Depois de muito tempo de cartas marcadas, ou melhor, de um revezamento entre as grandes forças políticas da cidade, a eleição de 2020 vai ganhando ares de imprevisibilidade.

A dúvida é se até lá o PSL e o Novo conseguirão se organizar e se fortalecer para enfrentar os partidos bem estruturados como MDB, PP, PSD e PSDB.

Encontro com deputados

O empresário Célio Bayer, vice-presidente da Fiesc no Vale do Itapocu, liderou encontro de lideranças da região, ontem, com os parlamentares eleitos no pleito deste ano.

Carlos Chiodini e Fabio Schiochet, que representarão a região na Câmara Federal, e Vicente Caropreso, reconduzido à Assembleia Legislativa, ouviram relato dos dirigentes industriais a respeito de demandas importantes para a retomada do crescimento econômico.

Também conheceram projetos do Senai, Sesi e Instituto Euvaldo Lodi visando à melhoria da competitividade do setor produtivo.

Os três parlamentares ressaltaram a importância do trabalho integrado e prometeram atenção a demandas antigas de infraestrutura, como a duplicação da BR-280, e nas áreas de inovação, saúde, educação e segurança pública.

No Novo

Mirando as eleições de 2020, o Novo traçou primeiramente o plano de organização. Guilherme Vogel foi reconduzido ao cargo de coordenador.

O partido separa a gestão partidária da atuação política, motivo pelo qual possíveis candidatos não podem comandar a sigla.

Segundo Vogel, em 2019, o núcleo de Jaraguá do Sul irá se tornar diretório. A meta é atingir 250 filiados.

Momento delicado

Colega de OCP e profissional reconhecido em toda a região, o chargista Fernando Bastos está em tratamento contra um câncer em estágio avançado.

Ontem, ele foi homenageado pela Assembleia Legislativa por sua colaboração com a história da Schützenfest. Bastos foi quem criou o personagem mascote da festa – Wilfried, em 1998.

Nos EUA

Acontecem hoje, nos EUA, as eleições de meio de mandato. O ex-presidente Barack Obama e o atual, Donald Trump, medem força nos bastidores.

Em jogo está a composição do Congresso: todas as 435 vagas para deputado federal e 35 das cem do Senado. Os eleitores escolherão também 39 dos 50 governadores.

Homenagem à Malwee

Nesta terça-feira, dia 6, a Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul presta homenagem aos 50 anos do Grupo Malwee e 40 anos do Parque Malwee. Uma história que merece ser lembrada, contada e comemorada.

Dia do professor sem aula

O vereador Marcelindo Carlos Gruner (PTB) é autor de indicação que pede à Secretaria de Educação a alteração no calendário da rede municipal de ensino, com paralisação das aulas e solenidade em homenagem ao dia do professor.

Segundo Gruner, a exemplo do que já ocorre nas redes estadual e particular de ensino, que paralisam as atividades no dia 15 de outubro, o mesmo deveria ocorrer com no município.

“Vamos cobrar para que no próximo ano entre no calendário do município a paralisação em homenagem ao dia do professor. É uma categoria de suma importância para o desenvolvimento de nossa cidade. Sem educação nada acontece”, defende.

Eleitos investigados

Os nomes foram renovados, mas as práticas nem tanto. Levantamento do jornal Estado revela que um terço do novo Congresso é acusado de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, assédio sexual e estelionato ou é réu em ações por improbidade administrativa com dano ao erário ou enriquecimento ilícito.

No total, são 160 deputados e 38 senadores. O partido com maior número de envolvidos é o PT. Trinta de seus 62 eleitos são investigados ou réus.

O PSL de Bolsonaro, por sua vez, chega no parlamento com sete dos 56 congressistas eleitos na mira da Justiça.

Além da improbidade (um só deputado, Carlos Henrique Gaguim, do DEM-TO, responde a 153 ações), da corrupção, de crimes eleitorais e da lavagem de dinheiro, outras 31 condutas são imputadas aos parlamentares.

As mais comuns são de formação de quadrilha (12), peculato (12), fraudes em licitação (10), falsidade ideológica (8) e crimes ambientais (6).

 

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