Recontando história | Ampla cobertura

Por: Nelson Luiz Pereira

03/05/2018 - 09:05 - Atualizada em: 03/05/2018 - 09:13

Resgatamos e exibimos com exclusividade para você, caro leitor, a capa da dição do OCP nº 470, de 26 de maio de 1928. O então Semanário Independente, tendo ainda seu primeiro proprietário e diretor Sr Arthur Müller, caminhava para seu 10º ano de fundação, e informava seus munícipes sobre temas relevantes de caráter local, nacional e internacional. Cabe frisar que naquela época, a fonte das notícias nacionais e internacionais era o rádio.

Cientificamos nossos assinantes leitores de que a possibilidade do presente resgate, mantendo sua originalidade, é fruto de inédito projeto de digitalização em curso, com tecnologia de última geração, que explorará todo nosso acervo histórico, desde 1919. Iniciativa viabilizada em parceria com a Fundação Catarinense de Cultura – FCC, por meio da Biblioteca Pública de Santa Catarina e sua Hemeroteca Digital. Visamos com isso, disponibilizar a você, conteúdo raro, inédito e relevante. Não há como compreender o presente desconhecendo o passado. Boa leitura!

Um fiasco brasileiro? Só o tempo daria resposta

O OCP publicava a histórica nota do Itamaraty, cujo teor, retirava nosso país da Liga das Nações. O Brasil fora um dos membros fundadores da organização internacional, criada em 1919, ano da fundação do OCP, ao final da Primeira Guerra Mundial. O objetivo principal era assegurar a paz mundial. O Brasil possuía assento temporário. Ocorre que em 1926, durante o governo de Artur Bernardes (1922-1926), o país retirava-se da organização por ter sido recusado seu pleito de assento permanente no Conselho. Além disso, em síntese, o Brasil renegava assento permanente concedido a Alemanha. A atitude brasileira fora motivo de críticas tanto interna quanto externamente, com exceção dos Estados Unidos. Registros históricos dão conta de que a comitiva diplomática brasileira formada por Artur Bernardes, Mello Franco e Felix Pacheco, perdeu-se em equívocos, deixando a imagem de “fiasco” brasileiro, embora a imprensa e opinião pública apoiassem a retirada. Os anos seguintes vieram provar a ineficácia da referida Liga com a eclosão da primeira guerra. O novo formato da entidade, o que hoje conhecemos por ONU – Organização das Nações Unidas, viria a ressurgir em 1942, no final da segunda guerra. Certamente com mais eficácia pois, até o momento não tivemos a terceira guerra mundial. E que assim seja!

A semente brotava

Prezado jaraguaense, sua história começa aqui. Nossa cidade resumia-se a dois ranchinhos de sapé. Muito provável que o ranchinho menor tenha sido a semente de nossa vibrante Jaraguá do Sul.

A árvore crescia

Aqui estávamos em 1928. A cidade do futuro estampava sua ampla avenida Coronel Jordão, com seus imponentes casarões, tendo em primeiro plano à esquerda, a sede do antigo OCP.

Os frutos surgiam

Embora o telégrafo tenha sido inaugurado no Brasil em 1857, o OCP anunciava uma novidade significativa para a cidade. Jaraguá seria beneficiada com a instalação do telégrafo nacional. Detalhe: O telegrafista era uma profissão de destaque para época. Godofredo Torrens encontrava-se na cidade para executar o serviço.