“Pets recicláveis? Em sacos verdes? Não pode ser obra de humanos”

Por: Nelson Luiz Pereira

02/11/2021 - 15:11 - Atualizada em: 02/11/2021 - 15:41

Admiro quem possui animais de estimação com responsabilidade, estrutura, respeito e afeto. É um fenômeno mundial da sociedade moderna. Ocorre que na contramão desse fenômeno, infelizmente, vem os que matam e maltratam os bichinhos. O caso cruel e degradante ocorrido em Jaraguá na sexta-feira (22), me revoltou, assim como boa parte da população. Integrantes de uma cooperativa de recicláveis foram surpreendidos ao abrirem um ‘Saco Verde’ da Coleta Seletiva, e encontrarem misturados aos materiais dispensados, três cachorrinhos mortos, ainda filhotes.

Como se não bastasse, segundo o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae), esta é uma prática recorrente. Não é novidade encontrar animais mortos, e também vivos, nos sacos verdes. Pasmem, difícil imaginar o tipo de criatura capaz de tamanha crueldade. Obviamente não pertence à espécie humana. Com pouquíssima chance de errar, sustento pertencer a linhagem dos artiodáctilos ungulados, dotados de cascos nas quatro patas, apresentando apêndices protuberantes pontiagudos na parte frontal do crânio.

Já, quanto ao comportamento, uma disfunção neurológica responsável pelo impulso à violência, é mais uma característica dessa estofa. Diferente do crânio dos humanos civilizados, constituído de massa encefálica, ou cérebro, na espécie em questão, é recheado de massa ‘fecálica’, ou cocô. Naturalmente, por não saberem ler, esses mentecaptos desconhecem a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que determina logo em seu Artigo 1º, que todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Tampouco sabem que a nossa Constituição Federal estabelece, por meio da Lei nº 9.605/98, pena de detenção de três meses a um ano, para quem abusar, maltratar, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Essas criaturas execráveis não admitem que os humanos passaram a ter uma relação mais estreita com os bichinhos, justamente por encontrarem neles o que não se encontra nos humanos.

A vocês, agressores e violadores dos direitos dos animais, saibam que um animal sofrendo não chora, mas na dor, somos iguais. Enfim, “quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante” (Albert Schweitzer).