“Novo livro do escritor Schroeder é um triunfo da cultura jaraguaense!”

Por: Nelson Luiz Pereira

05/03/2020 - 18:03 - Atualizada em: 05/03/2020 - 18:37

Carlos Henrique Schroeder mora há vinte anos em Jaraguá do Sul. No entanto, a relevância de suas contribuições, o fazem jaraguaense. É um batalhador da cultura: ajudou a implantar importantes iniciativas culturais, como a Feira do Livro, o Círculo de Leitura e o Cineclube de Jaraguá do Sul. Mas é como escritor que levou o nome de Jaraguá do Sul mais longe: tem obras traduzidas no exterior, prêmios nacionais (como o Clarice Lispector, da Biblioteca Nacional) e estaduais (como os recebidos da Academia Catarinense de Letras e da Academia Catarinense de Artes e Letras) e recebeu uma comenda do Governo do Estado, a Medalha Cruz e Sousa, por seus inúmeros préstimos ao livro e à leitura.

Já foi convidado para falar na Sorbonne, na França, e na Casa Amèrica Catalunya, na Espanha, e em quase todos os estados brasileiros. Teve livros adotados nos vestibulares da UFSC e Acafe, e um livro sendo transformado em filme. Acabou de voltar do Rio de Janeiro, onde na última terça-feira apresentou seu novo livro aos leitores cariocas: “Aranhas”, pela Record, do Rio de Janeiro, o maior grupo editorial da América Latina.

Sábado será a vez de Jaraguá do Sul celebrar sua obra, a partir das 10h, na Grafipel. O lançamento do seu novo livro já é por si um feito: ele é o único escritor vivendo em Santa Catarina a publicar por uma grande editora. E esse triunfo é nosso, é jaraguaense. Portanto, santo de casa faz milagre sim!

O livro “Aranhas” reúne trinta e duas histórias que são inspiradas em espécies de aranhas, mas que tratam do cidadão comum: há personagens de todos os estratos sociais, como o garçom, a professora, a empresária, o representante comercial, a prostituta, o drogado. E cada história é contada de uma maneira diferente: uma linguagem de vanguarda para tratar de temas sociais.

É um livro provocador, que tira o leitor da zona de conforto, que sempre cutuca nossos preconceitos diários, nossa preguiça intelectual. O leitor não sai igual, após a última página. E essa é a beleza da grande literatura. A cidade do Femusc, da Feira do Livro, do Festival de Cinema, é também a cidade da literatura do Schroeder, que inspira outros escritores. Jaraguá vive uma grande fase na cultura, e cabe a todos prestigiar e celebrar!