“Nossas contemporâneas crianças”

Por: Nelson Luiz Pereira

11/10/2019 - 18:10 - Atualizada em: 11/10/2019 - 18:19

A desafiadora, intransferível, mas, sublime missão de educar nossas crianças, nesse mundo em ebulição tecnológica, valores e possibilidades, nos provoca constantes questionamentos e auto reflexão: educamos para o mercado ou para a vida? Impomos a direção ou mostramos o caminho? Garantimos segurança e proteção ou proporcionamos felicidade?

O que há de concreto diante de tantas dúvidas, é o fato de que o novo modelo de sociedade gera uma depreciação do diálogo no seio da família. Então, a grande pergunta que nos martela é: como otimizar a convivência com mensagens relevantes em menos tempo? O novo mundo muda as necessidades das crianças, mas não muda a fonte do amor, da fantasia e da felicidade delas…Pensemos!

Elas sempre serão protagonistas em qualquer modelo de mundo. No entanto, o mundo só seria perfeito se fosse governado por elas. Muito fácil imaginar esse mundo. Como primeira lei, sem dúvida, ele seria colorido e musical; a semana teria dois sábados e dois domingos; no lugar de edifícios velhos, abandonados e fábricas poluidoras, haveriam parques verdes e floridos; as indústrias de armas se converteriam em fábricas de brinquedos; as propagandas, sobretudo de política, seriam eliminadas, para que ninguém precisasse mentir; os automóveis barulhentos e poluidores seriam exterminados, e pelas ruas só pedestres, bicicletas, patins, skates.

Nas relações, a competição daria lugar para a colaboração; a separação para a união; a injustiça para a justiça; o ódio para o amor.
Mas o mundo é governado por adultos. E é nesse mundo imperfeito que elas conseguem se destacar e lutar pelo mundo de seus sonhos.