“Você aguentaria ouvir 40 vezes um não?” – Confira a coluna do Prates desta terça-feira (11)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

11/02/2020 - 05:02

Ela foi linda. Foi? Sim, foi. Vou falar de uma mulher que nasceu pobre, cresceu pobre, mas… Tornou-se milionária em dólares.

Desde cedo na vida ela gostou de enredos, de tramas, de fantasias… Do gosto, começou a escrever. Foi indo, foi indo e pensou num livro. Escreveu-o e foi bater às portas das editoras. Bateu em exatamente 40 portas, todas lhe disseram não, a obra não era boa, não valia a pena editá-la, ficaria no encalhe.

Ela não se deu por vencida, ajeitou o cabelo e partiu para mais uma editora. O livro que ela escreveu tinha por título “Onde estão as crianças?” enredo policial, de suspense.

A editora Simon & Schuster, “desavisada”, aceitou editar a obra. Resultado? O livro está hoje em sua 75ª edição, e ela já vendeu mais de 100 milhões de exemplares dos livros que escreveu.

O nome da musa é Mary Higgings Clark, escritora americana que morreu semana passada aos 92 anos.

Passou por todas as dificuldades e dramas familiares que você possa imaginar, mas nunca esmoreceu. E é por isso que estou hoje aqui e com ela.

Mary desde pequenina gostou de escrever histórias de mistério e dramas pesados, não foi à toa que ganhou o apelido de “Rainha do Suspense”.

O que me faz conversar com você sobre Mary Higgings Clark foi a obstinação dela. Você aguentaria ouvir 40 vezes um não?

Os obstinados da fé, os guerreiros da certeza das boas causas fazem isso. Não acreditam no não, acreditam no sim da vitória. Mary, de uma feita, numa entrevista disse que – “Se ganhar na loteria te deixa feliz por um dia, por um ano, fazer o que se ama deixa você feliz por toda a vida”. Vontade de te dar um beijo, Mary.

Os idiotas da vida procuram por diplomas de distinção, ostentações da matéria, exaltações do efêmero e dos nadas da vida, desconhecem que só a paixão por um trabalho, arte, o que for, nos enche os pulmões de energia, nos dá o elã vital de que precisamos para viver intensamente.

Só os de fibra elástica resistem a ouvir 40 vezes um não e ir adiante. Poucos, raros. Porque poucos são os vencedores na vida. Quando dentro da decência ouvimos um não, o erro não é nosso, é dos tapados que não nos alcançam…

Cascata

Ontem, numa conversa que não era minha e de que eu não participava, ouvi um sujeito dizer que – os últimos serão os primeiros… De onde o paspalho tirou essa bobagem? Desde quando os perdedores, desde quando os nadas da vida, desde quando os últimos serão os primeiros? O que é um sujeito não ter o que dizer e dizer tolices fantasiadas de coisa séria. Francamente! Os últimos vão é se coçar numa tuna…

Falta dizer

Tempos modernos… Manchete de um jornal gaúcho: – “Centro Administrativo do RS ganha banheiros sem preconceito”. Sim, mas como funciona? Quem fiscaliza e com que certeza? E se um “bagual” entrar nesse banheiro ao modo dos galpões, como é que a coisa vai ficar? Sinceramente, gostaria de ver e de saber. Ah, claro, há também banheiros masculino e feminino…

 

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