“Vai mentir? Muito cuidado”

Por: Luiz Carlos Prates

16/04/2019 - 12:04 - Atualizada em: 16/04/2019 - 18:33

Delegados quando se aposentam bem que podem iniciar uma nova carreira, e aposto que com muito sucesso: “psicólogos empresariais”. Mesmo sem diploma de psicologia, afinal, a experiência dos delegados “ouvindo” pessoas confere a eles uma experiência que raros têm.

Aposto que os delgados seriam um sucesso nas entrevistas de emprego. Nessas entrevistas os candidatos mentem muito, mentem com a quase certeza de que vão passar para trás o entrevistador. Quero ver um bobão fazer isso diante de um delegado, pagava para ver…

Faço esta divagação porque acabei de ler num site de jornalismo “dicas para entrevistas de emprego”, dicas para candidatos, é claro. A única dica devia ser: fale a verdade. Só que se o pessoal falar a verdade, raríssimos vão ganhar vagas.

Gosto de uma antiga frase da psicologia dos costumes: Fala, se queres que te conheça! Numa entrevista de emprego o sujeito pode mentir, muitos, mentem e conseguem impressionar ou mesmo enganar o selecionador, mas… Baita risco. Todavia, eu gostaria de ver essa mesma pessoa, a mentirosa, fazendo isso diante de um delegado. Ia cair feio do burro.

Quem tenha ouvidos de escutar, que é mais que ouvir, nada passa batido. E já disse aqui, incontáveis vezes, que devia haver uma espécie de seleção de pessoal para os que desejam casar. A “seleção” para os casamentos, para os ajuntamentos modernos de hoje, são os desejos.

As pessoas confundem desejos com amor. A conta não fecha. Mas se os aparentemente apaixonados “escutassem” os seus pares favoritos, ah, poucos iriam adiante… Falando espontaneamente as pessoas deixam-se ver por dentro. E por dentro poucas são belas.

Quem “escuta” descobre todos os segredos do outro, afinal, já foi dito há milênios que o ser humano se revela por todos os poros, basta-nos ter olhos de perceber e ouvidos de escutar. Ninguém escapa. Os delegados sabem bem disso.

Aliás, devia haver também uma “associação para o bem público” para escutar os candidatos a postos políticos. Só concorreriam mais tarde nas eleições os aprovados nesse “corredor polonês” da psicologia da fala, da escuta e do caráter. Penso que se fosse assim, desapareceriam os parlamentos por falta de candidatos. Credo!

Cuidado por aí os que estão pensando em juntar os panos, cuidado. É bom abrir os olhos e os ouvidos para “descobrir” o outro por dentro. Vai sobrar pouco. Estou avisando.

Enjoos

Do livro “Cura Espiritual” – Médicos têm convivido com muitas mulheres grávidas que passam por enjoos durante a gravidez, vomitam por nada. Numa experiência americana foram dadas às mulheres que enjoam um comprimido que as fariam vomitar mais ainda, mas foi dito a elas que era uma novidade contra os vômitos. Os comprimentos eram placebos, sem efeito, mas… As mulheres não vomitaram mais. Ué, vômitos psicológicos? Sem comentários. E tem mais…

 

Bruxas

A Psicologia nada tem de fada madrinha, ela é bruxa má. Essa história de enjoo, vômitos, é explicada pela Psicologia do inconsciente como rejeição a alguma coisa, no caso das grávidas é rejeição à gravidez. Vomita-se o que não aceitamos. Quantas vezes dizemos que tal pessoa nos provoca ânsia de vômito? Mesma coisa. Chato, mas pura verdade, mamães. Bruxa é bruxa…

 

Falta dizer

Num site de jornalismo: – “Eles mudaram o nome pela numerologia e outras crenças”. Mudar o nome é acrescentar consoantes no nome, uma estupidez que já revela a personalidade da pessoa. Bom, Prates é nome holandês, grafado com um “te”, agora andam por aí Prates com dois tes… Quem quiser mudar o “destino” que mude o caráter, trouxas.