Uma hora a mais por dia na escola – Leia a coluna do Prates desta quinta-feira (13)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

13/02/2020 - 06:02

Nem sempre mais é mais. Um sujeito pode ter “mais” dinheiro no banco que você, mas pode ser também “mais” infeliz… Essa proposta lhe serviria, ter mais dinheiro e ser “menos” feliz? Há quem aceite a proposta, mas… São os que têm “menos” vida na vida…

Falando nisso, há quem diga que se você quiser um favor de alguém, peça esse favor para alguém muito ocupado, com “menos” tempo livre. Os “mais” ocupados sempre têm tempo para ajudar os “menos” capazes.

Digo o que digo olhando para o calendário de aulas do Ensino Médio catarinense neste 2020. O pessoal vai ter “mais” 200 horas na soma total de aulas dadas este ano. Uma hora a mais por dia. Vai adiantar, haverá “mais” proficiência, melhor aprendizado, “mais” entusiasmo de parte dos alunos? Claro que não, a maioria vai ficar furiosa com esse “exagero” de “mais” uma hora de aula por dia.

O mandrião, ele ou ela, que não estuda não vai agora estudar só porque há mais uma hora diária no tempo de escola. Não vai. Mas aí entra muito a culpa dos pais.

Os indolentes podem não querer e não gostar de estudar, mas vão ficar diante dos livros por, no mínimo, 3h em casa depois das aulas, sentenciam os bons pais. Quando alguém, todavia, não quer alguma coisa é inútil dar “mais” dessa coisa para esse inútil…

Tenho dezenas de histórias em meus arquivos sobre pessoas que nasceram pobres, cresceram pobres, mas foram indo, indo e lutando por uma ideia, até que… Viram-se sozinhas na vida: elas e seus sonhos.

Pois, não é que deu certo? Sempre dá certo para quem aposta no “mais”, quer mais da vida. Sempre dá certo.

Nosso ano letivo catarinense se insere dentro do calendário brasileiro e esse calendário nos coloca numa liderança pan-americana “especial”. Somos o povo que “mais” perde tempo em sala de aula com problemas disciplinares.

As professoras sabem disso e sabem de quanto tempo elas perdem com chamadas de atenção a ordinários e ordinárias. Sem educação caseira, esses incômodos saem de casa para infernizar as professoras e provocar os bons alunos. Como não levam a chinelada necessária, nada feito, de nada vão adiantar “mais” horas em sala de aula. De nada. Mais só é mais para os “mais” elevados. Para a “vadiagem” é aborrecimento… Maioria dos alunos brasileiros.

Horror

Li todas as discussões dos sites de “famosos” sobre a viagem de uma mulher, ela tem 15 anos, namorada de um barbudo, que queria viajar para o exterior para visitar esse namorado.

Tem cabimento? Numa idade de brincar de professora a “mulher”, de 15 anos, tem namorado e quer viajar para longe para passar alguns dias com ele… Francamente! A que fundo de poço educacional e moral chegamos.

Censura

A maior crise por que passa a imprensa de modo geral é de ordem administrativa e não de mercado. Está valendo tudo em busca de audiência e esse tudo ao invés de ajudar os mais pobres intelectualmente os está afundando. Ontem, numa novela da tarde, um sujeito dizia a outro: – “A tua boca é uma latrina, só sai merda”! Tem cabimento? Tem, com o desleixo de quem “manda” e permite isso…

Falta dizer

Centro de Florianópolis… Um ônibus lotado. Um sujeito, de pé no corredor, deu um espirro daqueles de sacudir as torres da igreja, na cara de todos. Um outro levantou-se e o descompôs da cabeça aos sapatos. Fez pouco, tinha que ter dado uns vapts. O vagabundo iria aprender a usar lenço e respeitar as pessoas.

 

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