Se tu podes crer…

Por: Luiz Carlos Prates

11/02/2017 - 06:02

Não gosto de fujões, não os quero chamar de covardes. De quem falo? Das centenas de jovens (ou nem tanto) brasileiros que todos os anos fecham as malas e viajam para o exterior, Estados Unidos, mais das vezes… Dizem que vão em busca de “melhores oportunidades”, que aqui não há. São centenas, milhares os que tentam todos os anos entrar nos Estados Unidos.

Aí você vai ver quem são essas pessoas, quais as suas qualificações, caráter, vontade de investir seriamente nos estudos e num aperfeiçoamento profissional que preste, vai ver e… São pessoas sem nada na cabeça, pouco estudo, ainda que muitos com diploma debaixo do braço, pessoas derrotadas existencialmente e que saem do Brasil para limpar mesas de bar, restaurantes, casas de família, o que aparecer… Fujões da vida. Entre esses você não encontra um cientista, um professor emérito, um engenheiro de qualidade, um médico revolucionário, nada, só gentinha frouxa que cria a fantasia de que lá fora vai ser fácil… Frouxos.

Essa conversa mole de que aqui no Brasil tudo está difícil é desculpa de gente frouxa. Malgrado todas as dificuldades porque historicamente costumamos passar, “nenhum” outro país lá fora tem o sol da liberdade que o brasileiro tem, tem as oportunidades para estudar e trabalhar que temos por aqui. Mas é preciso vontade, disciplina, obstinação, qualificação num projeto qualquer, sem essa de que está difícil. Difícil sempre esteve, mas os bons, os topetudos positivistas da vida aqui sempre venceram, nunca foram impedidos disso.

E por que os pais, os avós, os familiares mais velhos não pegam esses fujões pelo braço, lhes dão uns empurrões e lhes gritam nos ouvidos de suas covardias e do Brasil magnífico que querem trocar por pátrias pífias lá de fora? Ora, porque esses “mais velhos” nada têm na cabeça, não leem jornal, não pegam num livro, não assistem criticamente a um telejornal todas as noites, nada, são cabeças igualmente ocas. E essas cabeças jogam pedras no Brasil, o celeiro do mundo e o quartel das liberdades. Quartel, eu disse…

Se essa gentinha quer tanto “trabalhar”, cuidar de crianças alheias, limpar restaurantes e subjugar-se a atividades que aqui não admitem, pelo menos informem-se bem das riquezas potenciais do Brasil que estão trocando pelos “nadas” lá de fora.

A luz do Novo Mundo está aqui; e aqui, o Evangelho de Marcos 9:23 nunca foi tão verdadeiro: Se tu podes crer (no Brasil), tudo é possível ao que crê”. Borrados.

Felicidade
Por desatenção, ou ignorância mesmo, multidões continuam colocando a felicidade no “lá e no então”, isto é, lá, em outro lugar, e então, em outro momento. A felicidade só pode ser vivida no aqui e agora. Aqui, Brasil. Agora, a vida que levamos. Ou transformamos nosso limão eventual em limonada e festejamos o nosso aqui e agora ou vamos continuar a suspirar com a (in) felicidade em outro lugar e em outro momento.

Falta dizer
E para terminar, uma frase de almanaque, conteste, se for possível: – “Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade”. Imagine uma criança dona de uma loja de brinquedos… Ou nós no Paraíso…