Romance reatado – Leia a opinião de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

01/09/2022 - 05:09 - Atualizada em: 31/08/2022 - 14:25

Cair duas vezes na mesma escada não é culpa da escada, é da pessoa tombada. Vale para tudo na vida. Que nos passem a perna num primeiro momento faz parte do jogo da vida, mas ser derrubado duas vezes não. Estou de olho no relacionamento de duas pessoas conhecidas, não as vou dizer famosas, seria exagero. Aposto que a leitora conhece bem as duas peças. Ela esteve casada até há pouco, ele andava por aí, “meditando”. Esse cara nem de longe é flor de se cheirar. E ela é? Não para o meu gosto. Mas estou de olho esticado.

Acontece, leitora, que esses dois já foram namorados no passado, faz alguns bons anos. Ela casou, ele ficou por aí pulando muros e virando, por algum tempo, um tipo moderno de ermitão… Reencontraram-se e estão juntos, “casados”. Só que passados alguns poucos dias do reencontro dos pombinhos (pombinhos?), ela anunciou que vai consultar uma líder espiritual xamânica para saber se o amado não vai recair nos “pecados” passados. Faço um ponto aqui.

Nenhum amor é amor e resiste a uma chuvinha mais forte quando alicerçado sobre a dúvida. Ou acreditamos nela ou nele de olhos fechados ou melhor é fazer a trouxa e cair fora. Claro que perco meu tempo gritando isso, muitíssimas mulheres continuam dizendo a si mesmas que homem é assim, mas que elas vão recuperá-los para os bons modos. Coitadas, ingênuas. Será que nunca ouviram dizer que galho que nasce torto morre torto?

Ademais, vivo falando aqui do “período de molde”, período que vai do nascimento até mais ou menos aos cinco, seis anos da criança. Esse período é cimentado por estímulos familiares, geralmente muito ruins, bah. Depois desse período, babaus, nunca mais a pessoa vai mudar de orientação moral, nunca mais. As mudanças que ocorrerem serão nos secundários da vida, jamais nos fundamentais, isto é, aqueles que nos viabilizam uma vida correta. Isso sem falar que se a dupla de pombinhos já arrufou um para o outro no passado e brigaram, é preciso muita ingenuidade, para não dizer burrice, para acreditar que agora vai dar certo.

É isso, leitora, se o cara deu no pé, não fique esperando que ele volte. Ele pode voltar, mas voltará só para ouvir um sonoro: – “Some daqui”. Cair duas vezes da mesma escada não é culpa da escada…

PUDOR

O pudor é irmão gêmeo da vergonha. A vergonha, coitada, sumiu e o irmão achou que não devia mais dar as caras, também sumiu. Com o sumiço da vergonha e do pudor, uma apresentadora de tevê, ela anda fora do ar, casada com um também apresentador, contava, dia destes, aos amigos da imprensa, técnicas de orgasmo, como a coisa deve ser feita. Sacrossanto, onde é a porta de saída? Suja!

RETORNO

Manchete da Folha – “Retorno ao país é marcado por crise pessoal”. A questão envolve brasileiros covardes que vão buscar “melhores dias” em Portugal ou Estados Unidos. Uma dessas frouxas, nutricionista, contou que trabalhava dia e noite num supermercado, ganhava que mal dava para comer e vivia como quase indigente. Sair do Brasil para buscar “melhor vida”? A pessoa tem que ter “aquilo” na cabeça. Frouxos de uma figa!

FALTA DIZER

Depois o estonteado sou eu… Acabei de ouvir uma apresentadora de televisão falando sobre o direito das crianças geradas numa relação “trisal”. A que ponto chegamos! No passado, certas “relações” eram chamadas de suruba. Hoje os modernos sorriem e dizem que é trisal, tudo numa boa, dentro da lei. Vergonha, volta aqui!