Pesquisas universitárias sobre felicidade – Leia a coluna do Prates desta segunda-feira (16)

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Por: Luiz Carlos Prates

16/03/2020 - 09:03 - Atualizada em: 16/03/2020 - 09:49

Antes de vir a este assunto com você, leitora, pensei um pouco. Será que devo, será que não devo, afinal, já tratei deste assunto há alguns anos… Pensei, pensei e decidi voltar ao assunto, afinal, as TVs não vivem repetindo novelas? Então.

O assunto é uma velha pesquisa feita por professores da Universidade de Yale, a universidade dos chiques nos Estados Unidos, dos chiques competentes, quero dizer…

A pesquisa versava sobre felicidade. Mais uma vez. O pessoal insiste, quer porque quer descobrir o segredo de chegar até ela. Difícil, bah!

A notícia da pesquisa começava assim: “Para saber até que ponto dinheiro compra felicidade, estatísticos analisaram um banco de dados gigantesco. A renda é um dos fatores que tem aí peso importante. Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão”…

Conversa vai, conversa vem, os pesquisadores resumiram a história dizendo que “as condições para a felicidade são: ser religioso, não ser jovem, ter plano de saúde, ter curso superior, ser casado, ter filhos e ganhar mais ou menos R$ 6.800 por mês”. (Dinheiro traduzido para o Real). Então, vamos lá.

Nunca vi pesquisa com resultado tão idiota.

Resumindo, é preciso ser religioso para ser feliz? E não sabem que os “crentes” são os mais depressivos, os mais violentos e os que mais se matam no mundo? Bolas! E depois dizer que ser jovem é impeditivo para ser feliz? Então, para ser feliz é bom ser velho? Sem comentários.

Ter plano de saúde não garante felicidade, garante um mínimo dos mínimos no atendimento às necessidades de saúde, não mais. E o que dizer de curso superior para ser feliz? Francamente, beberam.

O diploma pode ajudar a ganhar um pouquinho mais na renda mensal, só. Ser casado então é atestado para ser feliz? Pode ser, mas estatisticamente não é o que os números mostram. Um mendigo solitário pode ser muito feliz, um casadão pode ser um baita depressivo… Ter filhos? Sim, pode ser felicidade, mas também estatisticamente é o que não se prova, a filharada que anda por aí, bah…

E quanto à renda mensal, tudo pode ser, tudo pode não ser, depende da cabeça do assalariado. A pesquisa é enganosa. Deviam ter dito: para ser feliz basta querer ser feliz.

Cabeça

Céu e inferno estão dentro de nossas cabeças. Com animais, por exemplo, não funcionam os placebos, com os humanos funcionam uma barbaridade. Outra coisa. No caso de um paciente “ter” que tomar determinado medicamento, costumeiramente com alguns desagradáveis efeitos colaterais, se o paciente não souber deles vai ter bem menos reações negativas. Na saúde, não saber às vezes é bem melhor que saber. Psicologia pura. Os “doutores” tem que saber disso.

Ferro

Em Florianópolis discutem (estupidamente) fechar ou não fechar a Praça XV em dias de movimentados eventos populares. Tudo para preservar a praça dos vândalos e depredadores. Negativo. Não tem que fechar nada, tem é que botar meia dúzia de “agentes especiais” na tocaia. O vagabundo apareceu para fazer o que não deve e na hora entra no “ferro”, naquela pua da salinha dos fundos da minha delegacia. Vai sair beijando malmequer. Tem que ser assim.

Falta dizer

Aqui entre nós, nem a pau, Juvenal. No livro “Os Segredos da Mente Milionária”, um bilionário americano, Warren Buffet, diz que “é preciso abrir mão de pequenos prazeres e preparar-se para trabalhar dezesseis horas por dia, sete dias por semana, pelo menos até acumular riqueza”. Warren deve ter bebido, se falou para brasileiros. Aqui é farra e folga, ou culpa do governo.

 

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