“Para ser feliz, felizmente, de nada precisamos” – Leia a coluna do Prates desta terça-feira (18)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

18/02/2020 - 07:02

Não tinha o que fazer fui procurar por ela. Santíssimo, quantas vezes já fui atrás dela… Curiosa como você é, leitora, deve estar se perguntando quem é ela e por que se faz de tão difícil… Tens razão. Aliás, afirmam que só vai atrás dela quem ainda não a encontrou na vida… Você já matou a charada, “ela” é a felicidade. Ô, mocinha inquieta e fugidia, cruzes!

Ontem, desocupado e mais uma vez não tendo o que fazer, fui procurar por ela. Imaginei que ela estivesse entre alguns parágrafos do livro “A Psicologia da Felicidade”, o autor tem um nome atrevido: Mihaly Csikszentmihalyi. Achaste interessante? Então, leia-o rápido, quero ver…

Sem mais brincadeiras, uma frase do Mihaly – “Só somos realmente felizes quando estamos no controle. A experiência ideal é aquela que comandamos e que nos proporciona uma sensação de domínio…”.

A primeira pergunta resultante dessa frase seria – Controle do quê? Todo domínio externo que podemos eventualmente ter não passa de uma formidável ilusão. Não temos nenhum poder sobre o externo, mas temos, podemos ter, todos os poderes internos, isto é, sobre nós mesmos. Sim, mas e os pensamentos. Felicidade ou infelicidade não existe sem os pensamentos.

Quando estamos dormindo, direto, sem sonhos, não somos felizes nem infelizes. Somos apenas um “amontoado” respirando… Muitas pessoas, mulheres estatisticamente preponderantes, ainda pensam que o casamento é porta para a felicidade. Ingênuas.

Só concordo com essa ideia se for um casamento entre almas gêmeas, mas esse casamento é mais difícil que ganhar sozinho na loteria… De outro lado, a felicidade não pode depender de nada nem de ninguém. Difícil as pessoas aceitarem essa proposta. Tudo o que nos deixa na dependência disto ou daquilo nos escraviza, e escravidão não se confunde com felicidade.

Vivemos numa sociedade que enfatiza o ter para ser. Outra vez a conta não vai fechar. Se fechasse, os filhos dos ricos, herdeiros polpudos, já nasceriam felizes. Há quem diga que o significado da vida é o que é significativo para mim, para nós…

Sim, mas e se eu, estupidamente, colocar como minha felicidade um bem ou uma pessoa, como vou ficar? Ficarei dependente. Dependente ninguém é feliz. Que conversa mole, não achas? Para ser feliz, felizmente, de nada precisamos, senão de sair por aí assobiando, ainda que com bolsos furados.

Verdade

Alguns falsos ingênuos, bonzinhos de almanaque, muitas vezes me criticam quando digo que onde há interesse pelo lucro sai pela primeira porta a ética.

Ouça esta: máscaras de proteção à boca e ao nariz, aquelas usadas por cirurgiões, quase desapareceram do mercado em razão do coronavírus e, mais que isso, tiveram seus preços aumentados em 700% em São Paulo e outras praças… Safados. Éticos de uma figa.

Vida

Ir a Disney, andar para lá e para cá sem ter lido um único livro na vida, sem ter poupança, sem ter ganhos reais, sem alta qualificação para um trabalho é coisa de irresponsáveis. Maioria que anda por aí, e tenho companheiros muito próximos que vivem fazendo isso… Depois, na velhice, vão ranger dentes. Mas hoje se acham com toda razão e contam com ferrenhos (falsos) defensores… Ou seriam iguais? Vão pra Disney, vão!

Falta dizer

É com você garota! Se o seu namorado for para o Carnaval ou mais tarde tirar a camisa, volte para casa, deixe-o só, é um baita abobado, para não dizer pior. E é claro que você também não irá seminua. O Carnaval é para brincadeiras, diversão e não “provocações”. Sutil? Nem tanto. Olho vivo porque cavalo não desce escada…

 

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