“Os fora da casinha”

Por: Luiz Carlos Prates

22/09/2018 - 12:09

Já me disseram que eu me meto muito na vida alheia. Pensei… e dei razão a quem me fez a observação, só que… Ao me meter na vida alheia viso ao bem. – Ah, que lindo que ele é, visa ao bem das pessoas, ah, que bonitinho!…

Tudo bem, você pode pensar assim. Até hoje não sei mesmo o que me levou à Psicologia, a fazer um curso caro, que só tinha à tarde e num momento da minha vida em que eu viajava demais como narrador de futebol. Mas sempre soube que a Psicologia me ajudaria a entender melhor os circunstantes e discutir com eles a vida… Nunca ganhei dinheiro como psicólogo, mas estudo Psicologia todos os dias, todos, por paixão.

Sim, Prates, mas aonde queres chegar com esta arenga sem clareza? Quero perguntar a você se você conhece alguém que consuma drogas e seja feliz. Pago um cafezinho até o fim do ano se me responderes que sim, que conheces. Como seria possível uma pessoa feliz e consumidora de drogas ao mesmo tempo?

O que me traz à esta conversa são dois trechos de matéria jornalística que acabei de ler em dois jornais diferentes. Num deles, um empresário dizia numa palestra sobre técnicas de administração que – a diferença entre pessoas pobres e pessoas ricas é o modo de pensar. Assinei embaixo.

E na outra reportagem o título era: – “Tráfico classe alta”. Um conceituado e veterano jornalista comentava sobre os endinheirados e o consumo de drogas. Ele dizia que: – “O novo mapa do crime transita nos bares badalados, vive nos condomínios fechados, estuda em colégios e universidades da moda e desfibra o caráter no pântano de um consumismo descontrolado”. – Ah, meu compadre, esse comportamento é típico dos desnorteados, dos infelizes.

Você acha que uma pessoa feliz vai se meter num desses antros noturnos que andam por aí vendendo imagem de sofisticação? Você acha que uma pessoa equilibrada precisa de drogas para entender a vida e ser feliz?

O modo de pensar faz-nos a vida boa ou má. E o pensamento feliz, graças a Deus, pode estar numa pessoa pobre, muito pobre, mas imensamente rica diante dos infelizes que nadam em dinheiro e soçobram nas areias dos nadas… É isso e só isso.

Não

Não façam isso, não joguem dinheiro fora nem percam tempo. Alguns “ingênuos”, falsamente bonzinhos, estão querendo criar aqui no Estado cursos de ressocialização para vagabundos que maltrataram duramente suas mulheres. Primeiro, caráter não se reforma, o que o sujeito é hoje vai morrer sendo. Além disso, não vão gastar dinheiro do povo trabalhador e honesto para jogar fora com safados sem-vergonha. Alguém tem que “bater” na mesa! Cadeia da pesada é a “ressocialização” dos vagabundos.

Previsões

Matemática é ciência exata, com ela não se discute. Tudo o mais é ou filosofia barata ou trapaça. Acabei de ler as “previsões” de um guru sobre as eleições. Não digo o que ele “viu” na bola de cristal dele, mas… Digo que nunca devemos acreditar em magos, cartomantes, astrólogo, videntes, quem quer que seja, que ouse “prever” o futuro. Caia fora, é embuste. Creia no suor de sua testa, na sua fé, nos seu deus, o mais é arapuca de espertalhões.

Falta dizer

Os bons padrões, em tudo, vão caindo e caindo na Bolsa de Valores… Na bolsa de valores morais. Agora estão na moda os livros de autoajuda com títulos chulos, palavrões de motel. E, pior, gente metida a ser alguma coisa, coitados, a lê-los e aplaudi-los. Nenhuma surpresa. O sucesso hoje é o quanto pior melhor. Credo!