O país de povo alegre também é líder mundial em casos de depressão

Por: Luiz Carlos Prates

29/07/2017 - 05:07 - Atualizada em: 31/07/2017 - 18:25

Peguei o “chicote” para sair batendo, mas… Parei, pensei um pouco e botei o chicote outra vez atrás da porta. Claro que você notou que chicote estava entre aspas. Eu ia usar o chicote da crítica mas desisti. No fundo, ninguém quer sofrer, nosso sofrimento mais das vezes vem do nosso jeito de ser, um jeito trazido da infância, que nos foi dado pelos pais e pelos mais velhos que nos cercaram e moldaram a argila da nossa personalidade.

O chicote seria usado para acordar pessoas, e tantas são essas pessoas que estamos na liderança e sem adversários por perto… Estou falando da liderança brasileira na América Latina nos casos de depressão. Ninguém é mais depressivo que o brasileiro nesta América castelhana…

E tem mais, estamos perdendo por um ponto a liderança mundial para os Estados Unidos. Mas os americanos não perdem por esperar, essa liderança vai ser nossa… Era só o que faltava haver por aí algum país com mais depressivos que o Brasil, só o que faltava!

Agora me diga, leitora/o, tem cabimento que um povo que se diz livre, alegre, carnavalesco, praieiro, chegado a uma caipirinha, homens mulherengos, mulheres bonitas, país do futebol, do sol, de tudo… Tem cabimento que um povo “aparentemente” assim ande por aí de cabeça baixa e escolhendo a ponte de onde se atirar? De onde vem essa “depressão”, que nunca foi doença mas medo e desconfianças?

Ah, e quase esquecia de dizer que essa “depressão” que nos dá lideranças internacionais – segundo a Organização Mundial da Saúde – derruba mais mulheres que homens, e entre homens e mulheres atinge mais os que estão acima dos 50 anos…

Não tenho tempo aqui para abrir o leque da discussão sobre esse tema enjoado mas quero dizer que mais das vezes a depressão derruba os de vidas vazias…

– Ah, Prates, inventa outra, eu trabalho quase o dia todo, tenho casa para cuidar, marido, mulher, filhos, não tenho tempo para mim, tanto que trabalho…”! Talvez aí esteja uma das razões: não ter tempo para você.

Quando nos “anestesiamos” com uma paixão, algo que não seja trabalho, quando temos “folgas e encantamentos” na vida, coisas nossas, não da família, temos vida. O que mais abate pessoas é a solidão interna, nada a ver com quem nos cerca por fora… Vida interior é a vacina para as depressões. E é triste ver a brasileirada vivendo num “deserto”, no pior dos desertos: o de dentro do peito, da alma.

LEIA MAIS:

Não admito depressão no trabalho. O trabalho é um energético…

Manchas no corpo e na alma

Ela chegou para trabalhar cheia de marcas roxas pelo corpo. – O que foi isso, fulana? – “Ah, caí da escada lá em casa”! Dias depois… Ela chega toda roxa num lado do rosto. – O que foi isso, fulana? – “Bati no roupeiro lá em casa”! Tudo mentira. Ela apanha quase diariamente do marido. Quando as colegas descobriram, fizeram um “discurso” para ela. Adiantou? Dia destes, ela voltou ao trabalho para pedir ajuda, tinha mandado o cara embora e ele disse que a ia matar. Mulher, essa história tinha que ter acabado quando “caíste da escada” pela primeira vez…

A hora do ponto final

Repetição… – Mulher, quando o “impotente” te proibir de cortar o cabelo, de usar esta ou aquela roupa, de fazer isto ou aquilo, quando ele engrossar a voz, seja pelo que for, ali deve estar o ponto final entre ti e ele… Quem não fizer isso é uma estúpida.

Falta dizer para a pobre

Na TV, uma pobretona pegava restos de um FGTS. Perguntada sobre o que ia fazer com o dinheiro, disse que pagar contas. E revirou os olhos: – “Dubai vai ficar esperando”! Pensando assim, vai continuar pobretona…