O medo leva à vitória – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

24/09/2022 - 05:09

Os corajosos, os “heróis”, são personalidades tocadas pelo mais fundo dos medos, não vendo saída, os caras avançam sobre o que lhes assusta. De outro modo, seria uma insânia um sujeito sair por aí a enfrentar perigos só porque se acha corajoso. Nada disso. Aliás, nas guerras não há heróis, há “vencedores”, ou porque tinham as armas melhores ou por não acharem outra saída senão “avançar” e matar. Os soldados seriam uns bobões para sair de casa, correr os piores riscos para ganharem uma fajuta medalha. Aliás, os comandantes não correm riscos, ficam lá atrás, só mandando ordens, mas muito bem protegidos. O desespero faz as pessoas avançarem. E em muitos casos serem admirados pela coragem, que na verdade era apenas desespero gerado pela falta de outra saída… Temos que parar com certas admirações idiotas e cair na real. Agora já estou falando de nós, de todos. Costumamos imaginar certas pessoas como corajosas, como “empresárias”, crasso engano. Frequentemente, um cara que se vê um nada costuma avançar, faz obviedades e acaba ganhando muito dinheiro. É tomado como criativo e ousado empreendedor. Nada disso. Os mais iluminados tinham e têm ideias melhores, mas como não se veem acuados, não agem, ficam nos ganhos sociais merrecas. Se ousassem seriam bem-sucedidos, bah, muito mais que os “empreendedores” formados pela consciência do nada… Maioria. Mas o que eu queria mesmo dizer, leitora, é lembrar uma frase que li há muitos anos, não lembro de quem, mas que é um concerto de violino para os nossos ouvidos e consciência no cotidiano. A frase é esta: – “Saia do papel de vítima para o de protagonista”. É exatamente o que fazem os “grandes” empreendedores, veem-se pequenos, vítimas dos “tubarões” do capitalismo, fecham os olhos e saem para ousadias… E em incontáveis vezes acabam saindo do atoleiro em que viviam para uma vida farta, e a produzir admirações. Mas no fundo do baú havia, e há ainda hoje, medo, inseguranças. Tudo dissimulado em grandes conquistas de empresários vencedores, “admiráveis”. Esse o segredo da vitória na vida, sair do vitimismo, do sentimento de pequenez e deixar o medo no guarda-roupa. Vai dar certo. Deu para todos os “grandes” vencedores na História…

GARUPA

Irresponsável e sem família… Quem? Uma lambisgoia que passou por mim na garupa de uma moto. O cara da moto ia numa velocidade de quem foge do demônio, e ainda com descarga aberta. Esse tipo de vagabundo tem que ser pegado. Aonde? No Brasil do vale-tudo? E ela, confiava no ordinário, não sentia medo? Depois esse tipo de gente se queixa da vida, do trânsito, do governo, da mãe Joana… Mulher em garupa de moto? Nem vou dizer o que penso…

MISOGINIA

Sim, só pode ser misoginia. Ligo a tevê e saio circulando pelos canais. Dou de cara com uns idosos, vestes coloridas, “rezando” uma missa, altar todo enfeitado… Vários “homens”. Nenhuma mulher. Por que nenhuma mulher em torno do altar na missa? Por que as mulheres não podem ser “bispas”, cardeais, por que não podem ouvir “pecados”, nada? Por que as mulheres só servem para varrer as igrejas e arrumá-las para as festas? Elas baixam a cabeça e não piam, dizem-se pias…

FALTA DIZER

As mentirosas promessas de políticos em campanha costumam se alicerçar na aposta à ignorância da estupenda maioria dos eleitores. Vêm daí as ousadias para promessas absurdas e irrealizáveis. Mas o “rebanho” merece, afinal, para a maioria das safadezas esse rebanho não é trouxa.