Má notícia em formato sanduíche – Leia a coluna do Prates desta quinta-feira (17)

Supondo que você tenha uma boa notícia para dar a alguém e tenha também uma notícia ruim… Que notícia você daria primeiro? Vivo girando à procura de novidades. Fui longe desta vez.

Fui até à Universidade da Califórnia, onde o pessoal, mais uma vez, discutiu o poder da informação, das notícias sobre a personalidade das pessoas e mesmo sobre sua saúde. Os debatedores decidiram pela técnica do sanduíche.

Técnica do sanduíche na Universidade da Califórnia? Isso mesmo. E a tal técnica é muito simples. Se você tiver uma notícia ruim para dar a alguém, faça um “sanduíche” com ela. Faça assim: enfie a má notícia entre duas boas, se não as tiver, invente-as.

Pronto, você “anestesia” a pessoa, assopra uma boa notícia antes, dá a agulhada da notícia ruim e em seguida passa um algodão com outra boa notícia. Mais ou menos isso. Tudo bem, até pode funcionar.

No caso das demissões de emprego, por exemplo, quando as demissões ainda eram feitas na sala de um chefe, esse chefe começava falando do Fundo de Garantia, das indenizações que o funcionário ia receber.

O cara ficava um pouco anestesiado pensando nesse dinheiro e não sofria tanto a agulhada da demissão… Será? Era assim. Mas o que me ficou mesmo agulhando a ira desse estudo dos americanos da Califórnia foi este trecho:

– “Para um médico é melhor comunicar a má notícia ao paciente logo de cara, nos casos em que não há esperança de recuperação – e usar o resto da conversa para confortá-lo”.

Saltei da cadeira, furioso. O amaldiçoado que fizer isso merece o fogo do inferno em vida. Como é que alguém diz “de cara” que a pessoa vai morrer e depois quer confortá-la? Ademais, os estúpidos devem saber que o que é sem cura para a Medicina é sem cura conhecida. Mas existe cura, e ela não está longe.

Falta descobri-la, e essa descoberta pode ser viabilizada pela energia da fé, da crença no “tudo é possível ao que crê”. Não existe doença sem cura, o que existe é doença sem cura conhecida, o que não significa morte garantida.

Sob nenhuma razão deve-se matar uma pessoa que bem pode ser curada pela fé ou por um dos tantos mistérios e “milagres” da vida. Ignorantes de uma figa!

Mulheres

A quem “pertence” a barriga, o ventre, de uma mulher? A ela, só a ela. Ela pode fazer o que bem entender com a barriga, com o ventre dela. Estou sendo claro?

Era só o que faltava, idiotas pensarem e decidirem sobre o que uma mulher pode ou não pode fazer, por exemplo, diante de uma gravidez indesejada, senão criminosa. Só o que faltava. Independência, mulheres!

Eles

O “doutorzinho” ou o político safado e disfarçado de bom cidadão concordaria em proibir o aborto de uma de suas filhas ou netas de 10 anos caso ela fosse estuprada e engravidasse de um vagabundo?

Eu gostaria de ouvi-los, lá na salinha dos fundos da “minha” delegacia… Chega de hipocrisia. Se fosse o homem a engravidar, o aborto seria lei desde os tempos de Adão e Eva. Falsos!

Falta dizer

Por outro lado… Ouça esta manchete, velha, repetida: – “Mulher troca prevenção de doenças sexuais pelo amor”. Entrevista com 16 mulheres, todas “doentes”, jornal de São Paulo, pegaram Aids de um parceiro fixo, sabiam do risco que estavam correndo, mas decidiram arriscar por medo de perder o companheiro. Novidade? Nenhuma. Muitas vão aprender… na UTI.

 

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