Vou fazer duas perguntas, uma para a leitora e outra para o leitor. Combinado? Coisa fácil, não vão precisar piscar, aposto que vão responder de pronto. Vamos lá.
Leitora, se você fosse solteira (imagino que o seja, mas não importa, tanto faz) com quem você preferiria casar: com o rapaz número 1 entra as garotas ou com o rapaz considerado o possível melhor marido? Entre o número 1 e o melhor, para quem o você piscaria o olho?
A pergunta vale para o leitor: com quem você casaria, se pudesse, com a gatona número 1 da aldeia, a número 1 das mulheres, ou com a melhor garota para ser esposa?
Talvez eu não tenha feito as perguntas de modo adequado, mas é que andei revendo um velho livro de marketing de negócios onde a questão era exatamente essa: como negociante, o que você prefere, ser o número 1 do mercado ou ser o melhor?
A questão, segundo dizem os marqueteiros de hoje, está superada, você tem que ser o melhor e não o número 1. Dito de outro modo, seus produtos precisam ser os melhores, de muito pouco lhe vai adiantar ser o primeiro em publicidade e nome rolando pelo mercado. Os atuais especialistas de marketing não engolem mais essa história de comprar, consumir alguma coisa, só porque o produto lidera o ranking.
E vim até aqui para dizer que essa nova proposta do marketing tem que valer para nós. De pouco me adiante ter ao lado a mulher número 1 do “mercado”, a mais famosa, a mais conhecida, a mais popular… Eu quero, ao meu lado, penso que você também, a pessoa melhor. E ser o melhor depende só de nós. E vem dessa verdade a importância de fazer um trabalho de que gostamos na vida. Ninguém se vai especializar, buscar eficiência, competência, qualificação quando não gosta do que vive fazendo, e o faz só pelo salário, pelo dinheiro.
Ser o melhor é muito melhor que ser o primeiro… Tudo bem, se conseguirmos reunir ser o primeiro com ser o melhor, bom, aí os outros todos que corram para debaixo da mesa. Imagine, leitor, aquela mulher não ser apenas a primeira aqui na aldeia como é também a melhor. Cruzes…
Mas as pessoas teimam em achar que com elas é mais difícil, que elas não têm isso, não tem aquilo, que isso e mais aquilo… É o discurso costumeiro de quem não é o primeiro e muito menos o melhor. Mas poderia ser.
NÓS
Vivo dizendo nas minhas palestras que todos nós, queiramos ou não, somos um “produto”, como outro qualquer, um produto muito social… Temos, como qualquer produto, a embalagem externa, nossas roupas, nossos gestos, nossos modos habituais de ser e estar e… Precisamos ter, como qualquer produto, qualidade interna. Quando alguém nos for “consumir” como produto, precisa descobrir em nós uma formidável qualidade interna. Essa qualidade nos vai fazer longevos no mercado e muito procurados por todos. Depende de nós.
VERDADE
Não adianta ficar brabo, melhor é escutar… Você compraria um produto cuja embalagem está toda riscada? Pode ser. Isso vale para as pessoas que se riscam pelo corpo todo e depois vão para entrevistas de emprego. Muitas são reprovadas e nunca vão saber do porquê… A “embalagem” do produto humano, no caso, foi do desagrado da empresa. Não invento, repasso apenas…
FALTA DIZER
Uma pessoa grosseira no modo de falar pode ter a beleza de um anjo, (ele ou ela) mas será tomada por um demônio em muitos momentos. Uma bela mulher desbocada, vulgar no falar, bah, nem a pau, Juvenal…