“Escolas cívico-militares já!” – Leia a coluna do Prates desta quinta-feira (27)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

27/02/2020 - 07:02 - Atualizada em: 29/04/2020 - 13:33

Ah, santíssimo, não vejo a hora de termos, generalizadamente, escolas cívico-militares no Brasil. Tanto escolas públicas quanto, e mais ainda, as particulares. Não vejo outra saída, o túnel está muito escuro e o que está acontecendo com crianças e adolescentes dentro e fora da escola é de minar o ânimo dos brasileiros cidadãos, poucos, bem poucos…

Antes de entrar no assunto, me diga se tem cabimento… Ontem passou por mim numa calçada um guri que levava uma mochila e estava prestes a entrar num colégio bem “celebrado”, religioso, de Florianópolis. O guri, de uns 11 anos, tinha o cabelo em duas cores, branco e azulado. Quem deu autorização ao pequeno para fazer coloração circense no cabelo?

Já numa outra rua, duas gurias iam também para o colégio vestindo shortinhos que exigiam olhos apertados para distingui-los de calcinhas. As meninas pareciam vestir calcinhas, tão resumidos eram os shortinhos. E mais uma vez pergunto: e os pais das pequenas?

Que vontade de ver essa gentinha mal-educada, órfãos de pais vivos, em escolas cívico-militares. A única diferença dessas escolas para o que anda por aí é a disciplina, e a disciplina tem feito milagres em escolas que até há pouco eram quase áreas de território de alunos “bandidos”. Tráfico de drogas, brigas, depredações, pichações, ameaças e surras em professoras, de tudo um pouco, e agora… Quem vê não acredita no que vê: disciplina, ordem… E progresso.

Progresso no rendimento dos alunos, alunos que para muitos não tinham jeito, recuperação. A disciplina recupera tudo ou quase tudo. Sem falar que nas escolas cívico-militares, administradas na disciplina, por militares reformados, PMs, os alunos vestem uniformes, você nunca vai encontrar uma menina vestindo shortinhos ou guris com cabelos tão coloridos quanto bandeiras de escolas de samba. Nem a pau, Juvenal!

Uma professora de “celebrada” escola de orientação religiosa de Florianópolis me contou que a camiseta do colégio é customizada pelas “inocentes” meninas de “boas” famílias, as camisetas são cavadas quase até o umbigo… Escolas cívico-militares já!

É a única esperança para um país até agora sem esperanças. Ou os jovens entram nos trilhos da decência, respeito, ordem e progresso ou vamos continuar perdendo tempo. E nesse caso vamos precisar de mais e mais Lava Jatos no país… Atenção, escola! Sentido!

Famílias

Acabei de ouvir um jornalista de São Paulo dizer que: “A ausência de princípios éticos no âmbito familiar deixa marcas profundas”. Frase que resume uma grande verdade. Mas eu pergunto: o que impede esses pais toscos que andam por aí de não educarem severamente os filhos? Por certo, eles devem saber por eles mesmos, pelo que fazem no WhatsApp… Safados!

Ditado

O ditado é milenar e errado: “A ocasião faz o ladrão”. Não é verdade, a verdade é que a ocasião “revela” o ladrão. Mesmo diante da grande chance de roubar, quem não é ladrão não rouba, mas quem o é, revela-se. Vale para todos os momentos da vida, não são as circunstâncias que nos entortam, somos nós que nos revelamos tortos diante de uma oportuna circunstância. Que as mulheres abram o olho com seus parceiros de amor, são ordinários, mais das vezes.

Falta dizer

Nos Estados Unidos um imbecil de 12 anos perdeu uma disputa num jogo eletrônico, Fortnite, e jogou o controle remoto na televisão, quebrou a tela. Pais e professores americanos estão de cabelo em pé com o uso de jogos violentos por crianças. Mas eu digo daqui: não falem crianças, digam guris. As meninas são mais gente, não entram nessas baboseiras. E os obtusos daqui?

 

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