De repente – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

01/11/2022 - 05:11 - Atualizada em: 31/10/2022 - 08:42

Claro que você sabe que nossa vida tem dois mundos: o nosso, por dentro, e o de fora, o mundo externo, ou o mundo do que chamamos de realidade. Na verdade, realidade só existe uma: a do nosso modo de pensar, sentir e reagir. Levantei hoje pela manhã coçando o queixo, algumas coisas me cutucando meu mundo interno, meu único mundo.

Meu único mundo? Sim, mas e as coisas que estão do lado de fora e que muito me interessam ou incomodam? Interessam ou incomodam porque eu dou a essas coisas poder. Olho para os lados, para ver e sentir as pessoas. Vejo aparências. E você sabe, julgar pelas aparências é uma arapuca.

Não somos por fora, para os outros, o que somos por dentro, a leitora sabe bem disso. O que quero dizer é que se você neste momento estiver com algum problema, não fique pensando no pior. A vida é um trenzinho de surpresas… Está tudo bem? Ah, que bom! Estás num mau momento?

Admitindo que sim, é bom não esquecer que uma das expressões mágicas ou assustadoras da vida é esta – “De repente…”. Está tudo bem? Viva, curta intensamente esse seu aqui e agora, afinal, ninguém sabe do “daqui a pouco”. Pode aparecer um “de repente” e tudo se complicar.

É bom não esquecer que nada na vida está sob nosso controle, nada. Alguém pode pensar que um sujeito muito rico, desses exibidos, abobados que andam por aí, arrotando falso poder e felicidade na imprensa, falseando felicidade, é feliz.

Eles sabem de suas inseguranças. A preocupação maior deles é com os “de repente” na vida, seus castelos de areia podem vir abaixo a qualquer momento e por razões inimagináveis… Já do outro lado, no caso dos que estão com alguma corda apertada no pescoço, o ar fresco da esperança também vem de um “de repente”.

De repente, tudo pode melhorar. E é claro que pode. Nosso modo de perceber a vida nos leva à felicidade ou a vê-la distante… Não existe segurança na vida, existe vida, e essa vida alicerça-se sobre a esperança, não a esperança de um prêmio solitário na Mega-Sena, mas a esperança do “de repente”. De repente, de repente mesmo, a encrenca desaparece. Fé faz bem.

ENGANOS

A manchete do site UOL, da Folha, não pode ser mais vazia. A manchete diz que: – “Evangélicos serão maioria no país em 10 anos”. Hoje são os católicos. E no que essa “questão” faz o país melhor? O “brasil” está dominado por “religiosos”. Religioso foi o bom Samaritano. Foi bondoso sem religião. A manchete que nos poderá levar ao “céu” será esta: – “Livrarias se multiplicam pelo Brasil…”. Enquanto isso não acontecer, salve-se quem puder.

FELICIDADE

Da minha caixa de sapatos cheia de frases tirei esta, de Arthur Schopenhauer (1788/1860), filósofo alemão: – “O que temos dentro de nós é o essencial para a felicidade humana”. Devia ser, Arthur, devia ser, mas… Só nos faz feliz o que não temos, o que há de bom dentro de nós só vai ser descoberto depois de uma pedrada na cabeça num leito de UTI. O ser humano nasceu para se queixar e não ver o que há de bom por perto…

FALTA DIZER

Um bom conselho? Vamos lá, é de graça. Que ninguém tente mudar ninguém, especialmente as mulheres que pensam em mudar idiotas que estão ao seu lado, pinguins-caídos metidos a machos, valentões de araque. Desistam e caiam fora enquanto é tempo, mulheres! Ó, daqui a pouco será muito tarde…