Cuida de ti – Leia a coluna do Prates desta segunda-feira (7)

Sempre prestei muita atenção a desabafos das pessoas. Há pouco, por exemplo, li sobre uma atriz de novelas encrencada seriamente na vida, questões pessoais e, sobretudo, familiares. E ela contava também de sua decepção com muitos “amigos”.

A atriz falou de tudo por que estava a passar para uma amiga e ouviu dessa amiga uma frase que a fez pensar e vir a público compartilhar. A tal amiga disse à atriz encrencada – “Cuida de ti”! Já ouvi muito dessa frase, para mim, inclusive.

Essa frase anda por aí, achei-a interessante e a tomei como proposta, leitora, para a nossa conversa de hoje. Essa história de “cuida de ti” parece boa, mas é enganosa. Mais das vezes, esquecemos que na vida somos nós e nossas circunstâncias.

Todos temos “circunstâncias” em torno de nós, impossível “cuidar de si”, cuidar de mim, e o resto que fique de lado. Impossível. Nossas circunstâncias são parte e são nossas vidas. Já foi dito que ninguém é uma ilha, significando que ninguém pode viver sozinho, isolado, ilhado, no sentido literal.

Precisamos de gente conosco e por perto, precisamos de nossos valores, valores que transitam por nossas circunstâncias. Impossível viver só.

Há quem cite os mendigos, vivem só, dizem muitos. Não é verdade. Você costuma ver mendigos próximos uns dos outros ou, mais das vezes, com um cachorro ao lado. Claro que o “cuidar de ti” pode ser bem entendido.

Vale por dizer – andas muito desatenta, não estás cuidando como devias do que te dá prazer, andas esquecendo de ti e vivendo muito vidas alheias… Mais ou menos isso. E nesse caso, sim, cuida de ti.

Digamos, cuida um pouco mais de ti, fica melhor. Tenho ouvido muitos desabafos de atores e atrizes que foram desligados do seu ambiente de trabalho e que estão ou em crise emocional ou mesmo numa cava depressão.

Por quê? Será por falta de dinheiro? Não os que eu conheço. Eles têm dinheiro para viver bem, ganhavam bem, guardaram o que podiam e não vão passar fome… Mas a vida não é só isso, a vida é também, e fundamentalmente, nossas circunstâncias, ambientes, valores e pessoas.

Sem essas “circunstâncias” afundamos. Muitos não se dão conta disso. Felizes dos que têm suas “circunstâncias”. Felizes. Cuida de ti, leitora!

Objeto

Uma amiga me disse que não tem mais ouvido a expressão “mulher-objeto”. Estás surda? – perguntei a ela. É no que eles mais falam. Acabo de ver o destaque de um site de variedades.

Foto de uma cantora e o texto: – “Fulana posa em close de biquíni e forma agrada seguidores. É gata, hein”? O que é ser gata? Objeto.

Ninguém falou que ela canta bem, destacaram que está “em forma”. Mas a culpa é delas, ficam quietas e se tornam “objeto”.

Modelo

Ela é modelo, americana, é uma modelo “diferente”… Numa entrevista, ela disse exatamente assim: – “Não se mate tentando transformar seu corpo, apenas mude a maneira de pensar sobre ele”.

Ah, querida, no dia em que as mulheres seguirem essa tua proposta os cuecas-úmidas irão à loucura. Os “pra-baixo” só querem bonecas, só querem mulher-objeto. Murchos!

Falta dizer

Lembras do imbecil em São Paulo que ofendeu um motoboy que chegara num condomínio para entregar alimentos? Ofendeu-o por razões de pele.

O agressor safado foi defendido pela família sob o argumento de que ele é esquizofrênico. Aí é que está, entrou na moda a defesa de canalhas sob o argumento de sofrerem de doença mental… Ferro nesses imbecis, sabem o que fazem.

 

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