Comemos venenos todos os dias – Leia a coluna do Prates desta quinta-feira (6)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

06/02/2020 - 06:02

Vou começar esta nossa conversa dando uma volta na língua, melhor dito, uma volta na cabeça. É o seguinte: segundo a filosofia, nada pode ser e deixar de ser ao mesmo tempo, e sob o mesmo ponto de vista. Correto? É só pensar. Feito? Então, vamos à nossa conversa de hoje.

Perguntei, lá em cima, se vai dar certo. Vai e não vai. Nesse caso, nesse que agora vou contar, sim, a coisa pode ser e pode não ser ao mesmo tempo e “quase” sob o mesmo ponto de vista. Explico.

Pesquisadores da USP, Universidade de São Paulo, vão acompanhar 200 mil brasileiros, previamente selecionados, durante 20 anos para saber dos efeitos da alimentação sobre a saúde.

É sabido que comemos venenos todos os dias, dos hortigranjeiros às carnes, todas com “venenos”, de um tipo ou de outro, mas ditos defensivos agrícolas e outras balelas, tudo visando ao lucro polpudo, consumo interno (o pior) e externo, o mais vigiado, mais cuidado…

Claro que os pesquisadores vão descobrir muitas e nada boas sobre a alimentação “moderna”, venenos absolutamente incontestáveis, só os que vivem nesse lucro podem ousar erguer a voz em negação. Se o fizerem terão que ir para os “tribunais” de apuração técnica da qualidade dos produtos.

Tribunais neutros, internacionais… Ah, não se vão atrever! Bom, falando nisso, Hipócrates, tomado por pai da Medicina ocidental bradava aos quatro ventos da Terra – “Que o teu alimento seja o teu medicamento”. O que ele queria dizer? Que morremos pela boca. Mas… Tem mais.

É por isso que eu disse que o teste da USP tanto pode dar certo quanto errado. Junto com os nossos alimentos diários, envenenadíssimos, temos os nossos outros venenos, os emocionais, os dos hábitos de pensamento.

Americanos já pesquisaram e afirmam que os “veganos” não têm melhor saúde que os de hábitos comuns e sem reservas à mesa… Ué, mas como? Não posso acreditar que haja ingênuos ainda hoje que não saibam que os pensamentos matam tanto quanto as comidas com “venenos”, tanto quanto. E olhe, digo mais, matam mais, bem mais, e o fazem por vias indiretas, não notadas.

A pesquisa da USP será valiosíssima, mas não será absoluta sobre a saúde. Envenenamo-nos pela boca ao comer e ao falar bobagens negativas “envenenadas” pelos pensamentos. Quem escapa?

Patético

Dia destes, manchete de um jornal gaúcho: – “Vítima beija réu antes da condenação”.

Um sujeito foi condenado a sete anos de cadeia por descarregar o revólver na ex-namorada. Ela escapou por milagre e foi ao julgamento do seu quase assassino.

Em dado momento, ela pediu permissão aos jurados para beijar o seu grande amor. E o beijou, com foto e tudo. Se eu disser o que penso dessa mulher o jornal em suas mãos pode pegar fogo…

Candidata

Ela tem 18 anos, mas fez-me críticas acerbas sobre minhas posições sobre mulheres que apanham e ficam quietas. A mocinha está se alinhando na fila das frouxas, das que não se respeitam, e me olhando nos olhos disse: – “O senhor tem que mudar os seus conceitos”! Coitadinha. Não discuti, mas saí pensando: aí está mais uma “candidata”, com certeza. O tempo lhe vai mostrar…

Falta dizer

Em São Paulo, as farmácias andaram vendendo todo o estoque de máscaras protetoras de boca e nariz, aquelas de salas de cirurgia. Tudo como prevenção ao coronavírus. O engraçado é que essas pessoas não costumam proteger a boca e o nariz quando tossem e espirram perto de outras pessoas. Para elas são cuidadosas, para infectar os outros não… Safadas.

 

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