Caminho árduo até o pódio

Por: Luiz Carlos Prates

18/07/2017 - 09:07 - Atualizada em: 18/07/2017 - 09:15

Posso lhe fazer algumas perguntas? Obrigado pela gentileza… Você vai responder as perguntas que lhe cabem, as outras ficam para os outros, certo? Vamos lá.

Você quer arrumar um emprego? Quer ser promovido no emprego atual? Quer ter um bom casamento? Quer ter dinheiro folgado no banco? Quer falar inglês igual ao Trump? Quer perder peso? Quer um diploma desses difíceis de obter? Quer sair da miséria, se você acha que está na miséria? A lista é infindável de possíveis perguntas.

– Sim, Prates, mas qual o motivo dessas perguntas, o que é que te deu na cabeça? Boa pergunta. A ideia veio desta manchete de jornal, página esportiva: – “Caminho árduo até o pódio nos Jogos de Tóquio”. Jogos de Tóquio são os próximos Jogos Olímpicos. Agora veja, a questão que se levanta é que os brasileiros para chegarem ao pódio – o que todos nós queremos, seja o pódio que for – vão ter que ralar muito, muitíssimo. Ninguém chega ao “pódio”, a uma posição de destaque, de realização pessoal, assim no mais, no mole. Nunca.

Dia destes, perguntei a uma colega, guriazinha de 26 anos, idade de bebê para mim – se ela falava inglês. Ela disse que não e que precisava muito do inglês no curso que ela faz na universidade, um curso de tecnologias.

E por que não fazes um curso de inglês?, perguntei ao “bebê”. Ela disse que custava muito caro. Diachos, caro é casar, caro é atravessar a rua com segurança, caro é respirar… Ademais, hoje se pode estudar inglês – de graça – pela Internet, por exemplo.

O que quero dizer é que ninguém vai ser alguma coisa na vida sem molhar o caminho com muita “água benta”, e água benta, você sabe, só existe uma: a da testa, que também atende pelo nome de suor…

Tudo é possível ao que crê, diz o Evangelho de Marcos, 9:23, pois não? Só que esse poder exige determinação, foco, trabalho, muito trabalho, persistência, muita persistência e, claro, a fé indispensável para a realização de qualquer “milagre”.

Mas eu sei, a maioria quer chegar ao pote, ao pódio, sem sair da cama quentinha da acomodação. Esses são os perdedores na vida, a maioria. Os obstinados são poucos, são poucos os vencedores. Bom não esquecer a Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias – “A vida é luta renhida, que aos fracos abate e aos fortes exalta”. Hein?

Errado

Sim, sou um emburrado. Vi as fotos e fiz cara de nojo. Era um programa de domingo num Parque de São Paulo. Era o Domingo de Piquenique. Viam-se centenas, milhares de pessoas sentadas sobre a grama, quase umas no colo das outras, um horror! Gente sem modos, piquenique de “torcida de futebol”, quase isso. Não, melhor é ficar em casa. Multidões não divertem, estressam.

Falta dizer

Frase do magnífico empresário catarinense Vitor Fontana, numa entrevista para o educado colega Moacir Pereira: – “É preciso valorizar o estudo, o mérito, a qualificação…”. É isso mesmo, Dr. Fontana, mas infelizmente poucos têm ouvidos para isso. Cada vez menos gente tem ouvidos para esses alicerces da vida…