Economia dá sinais de reação

Por: OCP News Jaraguá do Sul

25/10/2016 - 08:10

Depois de dois anos de recessão profunda, começam a surgir os primeiros sinais de recuperação da economia brasileira. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte.

O índice de confiança do industrial está crescendo e a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser inferior às estimativas e já no primeiro semestre do ano que vem o país deverá apresentar índices positivos de crescimento, afirmou o empresário. “Não podemos acreditar que tudo já mudou, mas os primeiros sinais começam a aparecer”, avalia Côrte, para quem a recessão parece ter atingido o ponto máximo e agora deve perder intensidade. Outro fator positivo, observou o empresário,  é o crescimento das exportações, com participação expressiva das médias e pequenas empresas.

O presidente da Fiesc explicou que por muito tempo a indústria trabalhou com estoques em níveis acima do recomendado e que aos poucos eles começam a chegar no patamar adequado. “Além disso, espera-se, nos próximos seis meses, uma redução da taxa de juros, que terá impacto imediato no aumento da produção e nos investimentos”, salienta Côrte.

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Condor investe

A rede de supermercados Condor Super Center, com 43 supermercados em todo país, apresentou ao secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Carlos Chiodini, proposta de  implantação de uma segunda loja em Joinville, com um investimento de mais de R$ 40 milhões e geração de cerca de 650 empregos diretos e indiretos.

Uma terceira loja para Joinville também já está prevista. Conforme Chiodini, a confiança da empresa em investir num momento de dificuldade demonstra que o Estado segue no caminho certo com suas ações e política fiscal. “Nossa estabilidade econômica e política, os esforços para manter as contas em dia, não aumentar impostos, investir em tecnologia, trabalhar para a desburocratização e dinamizar os processos fazem com que os empresários se sintam mais tranquilos para continuar gerando emprego e renda em nosso Estado”, afirmou. A Rede Condor originou-se em um pequeno mercado, de 110m2, no bairro do Pinheirinho, em Curitiba.

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O custo cigarro

As campanhas de conscientização sobre os males causados pelo cigarro diminuíram o consumo, mas o peso dos gastos com o produto ainda é alto no bolso das famílias brasileiras. O cigarro leva uma fatia de 1,08% do orçamento mensal delas, uma participação mais de três vezes superior à da batata, por exemplo.  O montante da renda familiar gasto com o fumo praticamente equivale à da despendida com o arroz, feijão (1,12%) ou a tudo o que se gasta no mês com manicure, cinema e médico juntos (1,1%). O gasto dos consumidores com cigarro é ainda 13,5 vezes superior ao do cafezinho, a bebida predileta do brasileiro.

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Bancos aumentam taxas

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão aumentando as taxas de juros e já superaram bancos privados em algumas modalidades de crédito, segundo dados divulgados no site do Banco Central (BC). Os juros do crédito para a compra de veículos, por exemplo, chegou a 27,06% ao ano na Caixa Econômica Federal, no final de setembro. Essa é a taxa mais cara entre os cinco maiores bancos do país. O Banco do Brasil tem a segunda taxa de juros mais cara – 26,96% ao ano. No final de 2015, essa taxa estava em 26,84% ao ano na Caixa e 26,58% no Banco do Brasil.

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Uso ilegal de créditos

A operação Quebra-Gelo deflagrada pela secretaria estadual da Fazenda pretende combater a utilização de créditos de ICMS destacados em notas fiscais emitidas por empresas com inscrição estadual não habilitada. A ação tem como alvo mais de 600 estabelecimentos e a meta é recuperar R$ 210 milhões aos cofres do Estado.

Os recursos são suficientes para pagar por dois anos a merenda escolar fornecida para os 530 mil alunos da rede estadual. Já foi identificada a existência de mais de 90 mil documentos fiscais inidôneos emitidos por empresas inabilitadas em outros estados para destinatários catarinenses. As operações suspeitas somam cerca de R$ 2,4 bilhões.

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Turismo em crescimento

A queda na demanda das empresas, governo e famílias, por serviços em todo o país fez com que o setor tivesse resultados negativos nos últimos dois anos. Em agosto, o recuo da receita nominal foi de 2,3% em Santa Catarina, frente ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O destaque positivo do mês foram as atividades turísticas, que cresceram 2,6% no Brasil e 6% em Santa Catarina na comparação com agosto de 2015. Os Jogos Olímpicos contribuíram para alavancar o segmento em todo o país e minimizar a tendência de queda.

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professor vitor

Reféns da tecnologia

Na medida em que usamos a tecnologia da informação para acelerar os processos de interação social, nos deparamos com um mundo invadido por equipamentos eletrônicos no tecido cultural da sociedade. Nessa íntima parceria entre tecnologia e vida cotidiana, surgem novos termos, expressões e padrões de comportamento. Com o uso da internet, “estar online” significa fazer parte de um mundo virtual no qual os contatos sociais tornam-se ininterruptos. Quando usados com bom senso, o uso destas novas tecnologias ajuda a universalizar o campo do conhecimento. No entanto, quando a dependência dos aparatos tecnológicos entra no campo do delírio coletivo, é necessário ficar atento ao fenômeno. Não é apenas o tempo gasto com tais aparelhos que deve ser levado em conta, mas também em que contexto esses equipamentos são utilizados.

A tecnologia, por ser um instrumento social que ainda deslumbra ou perturba as pessoas, prende de tal forma a sua atenção, que estas acabam por ficar desconectadas do mundo real a sua volta, inutilizando outras formas de contatos inerentes aos processos de socialização, nos quais, a maior afetada é a própria educação. Entre os tipos de distúrbios relativos ao manejo das tecnologias, pode-se destacar o uso abusivo sujeito a uma dependência sistémica, com o consequente agravamento de outros transtornos. O uso abusivo consiste no prejuízo social e na compulsão para o consumo da tecnologia. Já a dependência, somada ao fenômeno do excesso da tolerância e da abstinência, pode levar a graves problemas psiquiátricos, que têm seus sintomas amplificados pela relação que o indivíduo desenvolve com a tecnologia – incluindo delírios de perseguição ou síndrome do pânico – que tende a piorar o funcionamento da personalidade na direção do isolamento social.

Assim como nos momentos de êxtase religioso, o uso abusivo da tecnologia atua como uma espécie de anestésico, uma forma de se “desapropriar” de momentos importantes da vida pessoal, entrando num processo de desconexão de si próprio para se conectar com as máquinas. Sempre vale a pena ressaltar que qualquer tipo de tecnologia existente no mundo, deve ser usada e interpretada como uma ferramenta destinada a atender aos interesses da sociedade, e não como uma alternativa de se distanciar do mundo real para proteger-se ilusoriamente de suas armadilhas.