Coach dá dicas para conseguir emprego em tempos de crise

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/03/2016 - 04:03

Em tempos de crise, é comum o desemprego aumentar e a situação exigir mais empenho dos candidatos que buscam uma recolocação no mercado de trabalho. Formação, experiência e interesse, muitas vezes, não são suficientes para chamar a atenção dos empregadores. Por isso, vale ficar atento a alguns detalhes que podem garantir a contratação.

Segundo o coach e colunista do OCP, Sandro Ferrari, conhecer o próprio currículo e incluir nele apenas informações relevantes e atualizadas é fundamental nesse processo. “Ele é a porta de entrada para o processo seletivo e irá despertar o interesse e a curiosidade para uma entrevista”, destaca.

Nesse sentido, é importante tomar cuidado com erros de português e jamais utilizar gírias. Outra dica imprescindível diz respeito aos dados de contato. Nome completo, endereço, telefone, celular, e-mail, estado civil são informações essenciais.

Com o currículo adequado, as chances de chegar à entrevista de emprego aumentam. E, neste caso, também vale dar atenção aos detalhes. Conforme Ferrari, algumas pessoas acham natural falar de si, da própria vida e do último emprego, demonstrando confiança e competências necessárias para cargo. Entretanto, para a grande maioria dos trabalhadores, a entrevista gera desconforto e ansiedade. “Então, é necessário uma preparação para esse momento e, assim, evitar erros comuns que podem colocar tudo a perder”, comenta.

O coach enfatiza que é indispensável chegar na hora marcada e ter cuidado com a aparência e o vocabulário. “Seja você mesmo, falar que não sabe fazer algo é melhor que falar que sabe e depois não conseguir fazer. Além disso, tenha foco, esqueça o celular, e demonstre interesse pela vaga”, complementa.

-0,6%

Os números divulgados ontem (14) pelo Banco Central indicam que o nível de atividade da economia brasileira iniciou 2016 com retração de 0,61% em janeiro, na comparação com o mês anterior, após ajuste sazonal. Em 2015, o “encolhimento” do PIB indicou 3,8% sendo a maior queda em 25 anos. Janeiro foi o décimo mês seguido de contração nessa prévia do PIB. O último mês que o indicador registrou aumento foi fevereiro de 2015, com alta de 0,47% sobre o mês anterior. Segundo os dados do BC,  esta foi a maior contração mensal desde agosto do ano passado, cerca de – 0,92%.

Comparação com janeiro

A “prévia” do PIB registrou no primeiro mês deste ano, na comparação com janeiro de 2015, uma queda maior ainda: de 4,05%.  Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – pois considera períodos iguais. No acumulado em 12 meses até janeiro, o indicador registrou contração de 4,44%, com o ajuste sazonal.

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Reciclagem 

A Fujama divulgou os índices do programa Recicla relativos a janeiro e fevereiro. Em janeiro foram recolhidas 279 cargas, num total estimado de 446,6 toneladas; em fevereiro, 238 cargas, que renderam 411,5 toneladas. Os resultados reafirmam a média dos últimos seis meses, contudo demonstram uma redução se comparados aos índices registrados em dezembro, quando o programa alcançou 317 cargas e 635,6 toneladas.

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Sem proteção social 

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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou ontem que 90% dos 67 milhões de trabalhadores domésticos no mundo estão excluídos de qualquer tipo de cobertura de seguridade social, com a maioria desta categoria de empregados concentrada na América Latina e Ásia. Os estudos e avaliações sobre as condições neste setor são difíceis porque o trabalho é realizado em domicílios privados e com frequência para mais de um empregador, há uma rotação elevada, os pagamentos são com dinheiro, os salários irregulares e, em geral, não há contratos envolvidos.

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Inadimplência atinge 3% 

Dados nacionais divulgados da Boa Vista SCPC indicam que a inadimplência do consumidor teve alta de 3,0% no acumulado em 12 meses até fevereiro. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a avaliação indicou elevação de 10,5%. No bimestre, a elevação já atinge 9,2% quando comparado com primeiro bimestre de 2015. Considerando a série com ajuste sazonal, a inadimplência recuou 8,7% em na comparação com o mês anterior. Segundo economistas, o aumento do desemprego, a queda dos rendimentos, elevação dos juros e inflação elevada têm contribuído decisivamente para diminuição do orçamento das famílias. Por isso, o atraso nos pagamentos.

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Dívida ativa da União supera arrecadação

Calculada em R$ 1,58 trilhão em dezembro, a dívida ativa da União supera a arrecadação de 2015, que foi R$ 1,274 trilhão, número atualizado pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A recuperação desse montante é lenta. Segundo estimativa da diretora do Departamento de Gestão da Dívida Ativa da União da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (Pgfn), Anelize Lenzi, por ano, somente 1% da dívida é resgatado pelas instâncias que a cobram.