O movimento que fazemos de comprar, adquirir, desejar, sonhar, para muitas mulheres é sinônimo de necessidade, para outras impulsividade e para algumas ainda, é fuga, luxo, poder.
O que esse movimento de ter mais significa para ti?
É claro que comprar é bom! Adquirir coisas novas, experiências novas, presentes novos, é sempre muito bom. Sonhar, então, é maravilhoso!
Vamos fazer um exercício?
O que tu sentes quando tu olhas para as vitrines das lojas que mais gostas?
Vem aquela sensação EU QUERO, EU PRECISO?
Ou tu consegues admirar, contemplar e deixar ir sem dor no coração?
Ver as ofertas mesmo sem dinheiro para comprar te deixa tranquila, você evita, ou sofre por não poder ter?
Hoje, eu quero te trazer um outro jeito de olhar para esse movimento.
Toda vez que adquirimos algo novo, algo que não foi pensado conscientemente, algo que não é necessário, estamos automaticamente, rejeitando, recusando, não valorizando e reconhecendo o que já temos.
Cada roupa nova que chega, muitas vezes chega porque nos convencemos que precisamos delas, porque o que temos é pouco.
Eu sei que roupas, sapatos e bolsas para muitas mulheres é um assunto muito delicado, por isso vou mudar para comida, ok?
Quantas vezes você já foi ao supermercado, comprou uma série de coisas e quando chegou em casa para guardar, percebeu que já tinha vários desses alimentos na despensa? Ou então, quantas vezes você já pediu comida e depois percebeu que tinha até mais que uma refeição na geladeira que só precisava esquentar?
Ok, mas o que eu quero te dizer com tudo isso?
Na grande maioria das vezes você já tem os recursos que precisa para agir e não age porque não se valoriza.
Os cursos que você quer fazer;
Os recursos que você quer comprar;
Os procedimentos que quer realizar;
Tudo isso serve, muitas vezes, para desvalorizar o que se tem hoje.
Não é a ação em si, é a intenção que complica.
Se falamos para nós mesmas que precisamos de mais um curso porque ele será o salvador que irá me tirar do perrengue, da estagnação, ou seja, será a minha pílula mágica, grandes chances são de eu me frustrar e continuar não agindo. Única e exclusivamente por colocar as fichas e depois a culpa, no curso.
Agora, se eu já estou bem consciente das minhas potencialidades, já estou me movimentando com os meus recursos internos disponíveis, tudo o que vem a mais vem para somar e não para me diminuir.
Na verdade, não é o que vem que me diminui, e sim a forma e a força que eu dou para isso que chega.
Muitas vezes estamos cheias de recursos internos berrando para serem usados e nos menosprezamos, nos diminuímos. Agindo assim, contra nós, estamos alimentando a ansiedade, a angústia e o medo.
Você pode hoje começar a olhar para as suas características internas mais marcantes, teus dons, talentos e ajudá-los a te potencializar. Como? Entrando em ação, te colocando em movimento. Traçando estratégias para agir a teu favor.
Seguimos Juntas,
Karine Becker Petelinkar
Psicoterapeuta e Mentora de Mulheres
@karinebeckerpetelinkar
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