“Aumento de mortes por AVC em jovens em 2021”

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Por: Erika Tavares

02/02/2022 - 06:02 - Atualizada em: 02/02/2022 - 08:14

O AVC é a segunda maior causa de morte no Brasil, sendo que os idosos continuam a ser o grupo com maior prevalência. Porém, o número de mortes de brasileiros entre 20 e 59 anos por Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, vem aumentando proporcionalmente no país desde 2019.

Dados da Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional) mostram que essa faixa etária representava 17,2% dos óbitos por AVC em 2019, índice que subiu para 18,5% em 2020 e atingiu 20% entre janeiro e outubro de 2021.

Com as mudanças de estilo de vida ocorridas no presente século, especialmente nos últimos anos, com as pessoas cada vez mais restritas aos seus domicílios, redução dos níveis de atividade física, e à facilidade de acesso à fast foods e aumento da ingestão de bebidas alcoólicas; os fatores de risco para sofrer um AVC, que antes eram mais frequentes em idosos, estão se tornando cada vez mais comuns entre adultos jovens.

Embora seja incomum em pessoas abaixo dos 40 anos, o acidente isquêmico cerebral pode ter um efeito devastador na vida de um jovem e da sua família. Tendo em vista as graves possíveis sequelas como perda de força e movimentos dos membros, perda da visão, da capacidade de falar e compreender, desequilíbrio, entre outras. Além de que esta pessoa pode não mais voltar a ser economicamente ativa, e em muitos casos eram os provedores da família.

O AVC e o infarto compartilham os mesmos fatores de risco. São eles: hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, obesidade, sedentarismo, arritmias cardíacas, abuso de álcool, drogas. A idade é um fator de risco determinante para o AVC, a partir da sexta década de vida, a incidência duplica a cada dez anos.

Quando um vaso sanguíneo do cérebro é bloqueado por um coágulo de sangue ou de gordura ocorre a isquemia cerebral; quando o vaso se rompe, a hemorragia cerebral. A área do cérebro onde ocorreu aquele evento vai ficar sem receber oxigênio e nutrientes que seriam levados pelo sangue. Em consequência, as células morrem, o que pode levar a danos reversíveis ou permanentes.

A cada um minuto sem oxigênio morrem 2 milhões de neurônios, por isso cada minuto faz a diferença para salvar o cérebro e tentar recuperar a sua função evitando sequelas futuras. É por isso que identificar os sintomas e levar a pessoa o mais rápido possível para o hospital é determinante para o tratamento, inclusive na extensão das sequelas.

Onde encontrar

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