“O Natal em família… empresária”

Foto: medium.com

Por: Emílio Da Silva Neto

16/12/2019 - 08:12 - Atualizada em: 16/12/2019 - 08:17

Em países países cristãos, como o Brasil, o mês de dezembro abre espaço para enfeites, Papai Noel e alegoria simbólica pelo nascimento de Jesus Cristo.

Mais que evento religioso, o Natal virou um momento da família, isto é, ocasião para reunir familiares ‘em volta da mesa’, tanto os que se veem todos os dias, como, também, aqueles distantes física ou ‘espiritualmente’.
Etimologicamente, a palavra família, do latim, famulus (servente), faria alusão ao conjunto de escravos e criados, propriedades de um só homem.

Salve a evolução sociológica (!!!): atualmente, “família” é um agrupamento de pessoas, baseado em laços de parentesco (vínculo social, como casamento ou adoção, ou consanguinidade, como entre pais, filhos, irmãos, tios, primos e netos) ou de afinidade (vontade expressa).

Mas, como poderia ser conceituada “família empresária”, extra viés acadêmico/empresarial (aquela que possui um negócio em comum com seus membros, surgindo desta sociedade uma simbiose família-negócio)?

Lembrando o que disse o Papa Francisco, em 2016, no Congresso Latino-americano da Pastoral Familiar, no Panamá, sobre família, pode-se, por extensão (e vigor), extrapolar seu conceito para ‘família empresária’:

“grupo de pessoas cheias de defeitos, que Deus reuniu para conviverem com diferenças, desenvolverem tolerância, benevolência, caridade, perdão, respeito, gratidão, paciência e limites entre direitos e deveres, enfim, para aprenderem a amar, fazendo um ao outro o que quer que o outro lhe faça, sem exigir deles outros a perfeição que ainda não têm. Tudo isto porque não nascemos (nem trabalhamos) onde merecemos, mas onde necessitamos evoluir”.

Assim, para famílias empresárias, onde a satisfação pessoal e profissional depende muito das ligações familiares e da história (que os une) de valores, sacrifícios e disposição para a renúncia de interesses pessoais em nome do sucesso do negócio (sendo este, muitas vezes, mais que um negócio, a própria identidade da família), o Natal é um momento significativo, pela oportunidade ímpar de familiares atuantes (na operação ou gestão) ou meramente sócios da empresa, conseguirem virar páginas, apagar mágoas, perdoar excessos, admitir que todos perdem com desunião familiar.

Enfim, entre mimos e festejos, de valorizar aspectos cristãos da família empresária (onde razão e emoção se “degladiam” o tempo todo), promovendo valores morais e espirituais inerentes à condição familiar e societária.

Enfim, a coesão da família empresária fortalece-se neste momento mágico do Natal, tudo pelo “gostinho de infância de novo”, em contraponto aos desgastes decorrentes de atitudes duras, franquezas excessivas e respostas iradas, frequentes entre gente da casa, quando no trabalho, mas muito evitadas quando o outro é um não familiar.

Assim, considerando que o espírito natalino privilegia bons sentimentos, vale profetizar: “família empresária que celebra junto, prospera junto!”

Foto divulgação | Emilio da Silva Neto

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Emílio da Silva Neto

Dr.Eng. Industrial, Consultor/Conselheiro/Palestrante/Professor (*) Sócio da ‘3S Consultoria Empresarial Familiar’ (especializada em Processo Decisório Colegiado, Governança, Sucessão, Compartilhamento do Conhecimento e Constituição de Conselhos Consultivos e de Família). Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento

Curriculum Vitae: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4496236H3
Tese de Doutorado: http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2016/08/Em%C3%ADlio-da-Silva.pdf
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