“Lebensraum”, uma conquista inadiável

Para começo de conversa, nada como traduzir, do alemão, para o português, o título deste texto, pois nem todos têm fluência na língua alemã.

Lebensraum” (em português, “habitat”, “ambiente da vida”) pode ter sua tradução melhorada para “Espaço Vital”, como prefere este colunista, que, entre idas e vindas, totalizou mais de três anos no país dos maiores pensadores, filósofos e teólogos do ocidente (Goethe, Schiller, Kant, Marx, Niestche, Schopenhauer, Lutero, etc.).

Partindo do viés geopolítico, “Espaço Vital” é expressão que surgiu da revolta da Alemanha, por ter perdido territórios, depois da Primeira Guerra Mundial. É uma ideia conectada a todas as outras nazistas, de que a “raça ariana” deveria ter um único território e expandi-lo ao máximo, formando um “império de um povo superior”.

Mas, esta ideia não é de autoria de Hitler e, sim, do geógrafo Friedrich Ratzel, que propôs uma “Antropogeografia”, que poderia ser assim resumida: “toda sociedade, em um determinado grau de desenvolvimento, deve conquistar territórios onde as pessoas são menos desenvolvidas, com o Estado devendo ser do tamanho da sua capacidade de organização”.

Chegando ao que interessa neste texto, que é o viés psicológico comportamental, este colunista define “Espaço Vital”, título de um próximo livro seu, desta feita, monotemático, como o “conjunto de opotunidades e momentos em que se pode ser a gente mesmo, em toda a nossa essência, sem se preocupar em atender o que os outros querem impor como o certo, o melhor, o mais conveniente”.

Em outras palavras, o “Espaço Vital” implicita ter-se liberdade de dar-se algumas liberdades, pouco se lixando para policiamento alheio e interpretações pejorativas. Contudo, isto não significa, de maneira alguma, busca de isolamento social ou, pior, desejo de ser eremita ou ilha.

Todo adepto de “Espaço Vital” envia sinais para aqueles que os rodeiam sobre o quanto eles podem entrar nele, sem serem considerados invasivos. Um exemplo disso, são os abraços, acenos estes de afeto, cumplicidade e amizade. Mais, de união e respeito.

Sim, o “Espaço Vital” pode ser individual ou compartilhado. Ou seja, mediante contato físico, pode-se abri-lo e expandi-lo, algo saudável, ainda mais, por se poder realizar movimentos autóctones com total normalidade e, até, apoio.

Enfim, manter e flexibilizar seu “espaço vital” é altamente saudável. Que bom ter manhãs silenciosas, para o que melhor aprouver. Que ótimo viver sonhos, ao invés de viver sonhando com eles. Que sensacional sair do quadrado, a sós ou acompanhado. Que magnífico pode dizer que se “é assim mesmo, meio criança, meio adulto”. Que fenomenal, acima de tudo, fazer o que se pensa, sem ter que perguntar a outros se se pode, se é certo, se é joia.

Em resumo, em contrate com o seu significado geopolítico, o “Espaço Vital”, sob o viés psicológico comportamental, não é uma invasão/conquista/domínio de espaços alheios e, sim, descida ao íntimo ser (“id”), buscando em seu ‘keller’ (‘porão’, em alemão) a sua autêntica essência para sobreviver no ambiente (“ego”), respeitando valores familiares e sociais (“superego”).

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Emílio Da Silva Neto

Dr. Eng., Industrial, Consultor, Conselheiro, Palestrante, Professor (*) Sócio da ‘3S Consultoria Empresarial Familiar’ (especializada em Processo Decisório Colegiado, Governança, Sucessão, Compartilhamento do Conhecimento e Constituição de Conselhos Consultivos e de Família). Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento.

Curriculum Vitae: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4496236H3
Tese de Doutorado: http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2016/08/Em%C3%ADlio-da-Silva.pdf
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