Setembro Amarelo – “A vida é a melhor escolha”

Por: Editorial

21/09/2022 - 06:09

 

Quando nos reportamos ao suicídio, não encontramos pergunta precisa, tampouco resposta acertada. Logo, não há justificativa nem sentença. O que há, de incontestável, é a necessidade de se falar sobre isso. Para se ter uma ideia da dimensão desse problema, uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que somente em 2019 mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio no mundo.

Os números se mostram crescentes e os fatores que desencadeiam o suicídio são os mais variados. Entretanto, não se pode ignorar o vácuo danoso existente no seio da sociedade. O vácuo do preconceito, da incompreensão, do materialismo exacerbado, do consumismo desenfreado, da pressa, da insignificância e superficialidade existencial.

O mundo vive uma era paradoxal. Em nenhuma época, o homem foi capaz de acessar e compartilhar tanta informação em tempo real. Por outro lado, em época alguma, ele foi capaz, ao mesmo tempo, de absorver e socializar tanta desinformação. Ademais, a lógica de vida do ser humano é, essencialmente, fundamentada em escolhas.

Ele escolheu acumular riquezas, o que não há nada de errado, mas, não chega à satisfação. Escolheu conquistar poder, mas não sabe onde ele o levará. Ele nunca avançou tanto tecnicamente (meios para viver), sem, por outro lado, ter progredido, equivalentemente, na ética, na moral e na autocompreensão (motivos para viver). Enfim, os novos tempos vêm mostrando que as pessoas têm se carregado muito por fora e se esvaziado por dentro.

Trata-se de um tema delicado, ainda impregnado de tabu e preconceito, mas que precisa ser enfrentado e trabalhado abertamente pela sociedade, pois, “a vida é a melhor escolha.”