Somos uma cidade industrial, com rota comercial, e de alta renda per capita. Ingredientes estes,
determinantes para o desenfreado crescimento de veículos, sem que haja equivalente expansão da capacidade viária.
A solução paliativa é recorrer a engenharia de tráfego para se obter melhor fluidez dessa robusta
frota. Esse recurso ainda se mostra indispensável pois, no Brasil, a cultura de transporte sustentável ainda é incipiente. Prioriza-se autovias em detrimento de ciclovias e transportes
públicos sustentáveis.
Continuamos seguindo na contramão. Não há estímulo do Governo, falta planejamento, investimento e incentivos fiscais no sentido de inverter o modelo de mobilidade. Ressaltamos que, em âmbito
nacional, estamos avançando em ritmo muito lento no quesito mobilidade urbana.
Nossa meta no Acordo do Clima de Paris, é reduzir as emissões em 43% até 2030. No atual ritmo, é certo que o Brasil não cumprirá. Por enquanto, como forma de atenuar os gargalos do trânsito automotivo e aumentar a segurança, a Câmara de vereadores de Jaraguá aprovou um projeto de lei que libera recursos da ordem de R$ 568.550,00 para a realização de estudos técnicos para suprimir ou minimizar os principais pontos de estrangulamento.
O projeto, que agora depende da sanção do Executivo, prevê a implantação de binários nesses
locais, que consiste em vias paralelas de mesmo sentido, garantindo maior vasão ao fluxo de veículos.
Espera-se, também, projetos que possam ampliar os meios de mobilidade sustentável.