O dia 15 de outubro é dedicado ao Professor. Data criada com o propósito de homenagear esse sonhador profissional formador de seres humanos. Poder-se-ia dizer, então, que hoje é o dia dos dias.
Com raríssima exceção, todo e qualquer cidadão que saiba ler e escrever, e exerça uma profissão, foi impactado de forma vital, pela missão transformadora de um Professor. No entanto, falar da importância do Professor em nosso país, ainda é adentrar uma realidade sombria e paradoxal.
O primeiro paradoxo consiste no fato de ser esta uma das competências mais admiradas e, ao mesmo tempo, estar entre as menos valorizadas. A sociedade não tem capacidade para definir um Professor ‘por vocação,’ pois a grande maioria da população considera essa atividade como sendo de ‘baixo status.’
O segundo paradoxo reside no fato da sociedade ainda ser incapaz de entender o que move um Professor ‘por vocação’ num país onde a missão mais importante é uma das menos acolhidas. Ademais, não há sensibilidade suficiente para perceber que já se foi a época em que os pais cobravam nota dos filhos. Hoje cobra-se nota dos professores e da escola.
Não há maturidade bastante para enxergar que se a função do professor era professar conhecimento, agora passou a ser mediar conflito e cuidar para não ser agredido.
Se ontem lhe cabia a autoridade natural, hoje lhe é imposta a obediência de mercado. Se antes o professor reprovava por indisciplina ou falta de rendimento, atualmente significa não atender o cliente.
A histórica e insatisfatória classificação de nossa educação, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), corrobora essa realidade sombria.
Por fim, o mais indigno dos paradoxos: a grande maioria da população admite a importância de um bom professor, porém, quase ninguém recomendaria essa carreira para um filho.
Nosso respeito, admiração e gratidão a todos os Educadores.
