Por Nelson Luiz Pereira_conselheiro editorial do OCP
Um dos principais gargalos estruturais das cidades contemporâneas é o trânsito. A malha viária das cidades nunca cresce na proporção de crescimento da frota de veículos. Essa inconsistência interfere diretamente na mobilidade urbana.
A vida moderna massificou os automóveis, por conta da pressa e velocidade de locomoção. Estamos nos aproximando do que podemos chamar de ‘colapso paradoxal’, ou seja, quanto mais veículos circulando, mais vagarosamente nos locomovemos. Jaraguá do Sul não está poupada deste fenômeno.
O nosso índice de veículo per capita é um dos maiores do Brasil. Diante deste contexto, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo, está trabalhando para ampliar o estacionamento rotativo no município.
Deve se concretizar no segundo semestre deste ano. Uma das inovações em relação ao sistema atual, é que o teor contratual não caracterizará mais concessão, e sim prestação de serviços. Significa que a arrecadação com o rotativo ficará com o Município, podendo este, implementar melhorias na mobilidade urbana.
Faz-se oportuno registrar que a ampliação de vagas de estacionamentos, nos moldes que está sendo planejado é, sem dúvidas, uma necessidade. Entretanto, soluções eficazes e sustentáveis de mobilidade urbana, vão muito além de disponibilização de vagas de estacionamento.
Juntamente com essas medidas pontuais e paliativas deve-se instigar a consciência pública e privada, de que o automóvel foi o meio e resposta ideal de locomoção do século 20. Hoje é sinônimo de desperdício de tempo, combustível, espaço público, poluição e mortes.
Portanto, espera-se que além das vagas de estacionamentos, a sociedade também possa testemunhar e desfrutar da ampliação da mobilidade sustentável: integração de ciclovias, bicicletas públicas, sistemas sobre trilhos, entre outras saudáveis soluções.
