Por Nelson Luiz Pereira – conselheiro editorial do OCP
Como num passe de mágica, fomos surpreendidos, sentenciados e sujeitados a experimentar uma outra dimensão de mundo. Uns se sentindo enclausurados, bloqueados, imobilizados. Outros, desafiados, instigados e até remodelados.
Para alguns, essa experiência provocada pela pandemia, tem mostrado que o mundo, mesmo redimensionado a quatro paredes, pode se tornar essencialmente maior que o mundo anterior. Maior em possibilidades, descobertas, desconstruções e desenvolvimento. Para outros, o mundo literalmente encolheu, retraiu.
Essas duas possibilidades de mundo, são determinadas pelo poder de resiliência e pela saúde mental de cada pessoa. Por isso, o momento requer que não cuidemos tão somente da saúde física e dos negócios, mas, notadamente, da saúde mental. É ela que fará com que o mundo fisicamente subtraído, possa se ampliar e se ressignificar.
Em meio a essa impactante crise humanitária, a mente saudável fará com que a casa, que antes era uma simples habitação, se transforme agora em lar. A sala, tida como um espaço decorativo, com peças e quadros em exposição, vire agora um ponto de encontro e convivência presencial. A sacada, com churrasqueira e mesinha com banquetas, se transmute em melhor bar já frequentado. Enfim, a mente saudável fará com que até o quarto deixe de ser aquele aposento do exausto trabalhador.
Cuidar da saúde mental é, entre tantas desconstruções, se dar conta de que o mundo não parou. Ele é que nos parou e nos convida agora a redefinir nossos conceitos de tempo, pressa, prioridade, superficialidade, cooperação e tolerância. Cuidar da saúde mental é, em essência, se manter ativo e atento à nova ordem, mas com serenidade de espírito.
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