CVV: 16 anos amparando e valorizando a vida

Por: Editorial

28/01/2021 - 05:01

Por Nelson Luiz Pereira_conselheiro editorial do OCP

 

A história da humanidade passa por um momento significativamente paradoxal. Em nenhuma época, o homem foi capaz de acessar e compartilhar tanta informação em tempo real. Por outro lado, em época alguma, ele foi capaz, ao mesmo tempo, de absorver e socializar tanta dúvida e desinformação.

O homem avançou das carroças para os supersônicos, mas ainda não sabe que direção seguir. Acumula riquezas, mas não chega à plena satisfação. Conquista poder, mas não sabe aonde ele o levará.

A ciência nunca produziu tanta ‘pílula da felicidade’. Em contrapartida, nunca se diagnosticou tanta depressão. Enfim, nunca avançou tanto tecnicamente (meios para viver), sem que, por outro lado, tenha progredido, equivalentemente, na autocompreensão (motivos para viver). Ou seja, carrega-se por fora e esvazia-se por dentro.

E segue vagarosamente nessa marcha niilista, em busca de significado. Surge daí a necessidade de reação a tal fenômeno. Há um grito que precisa ecoar. Esse grito não tem se propagado por conta do vácuo da sociedade.

O vácuo do preconceito, da incompreensão, do materialismo exacerbado, do consumismo desenfreado, da pressa, da insignificância. Este é o cenário, e esta é a luta enfrentada com muita dedicação pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) de Jaraguá do Sul, que completou 16 anos de atuação na última segunda-feira (25).

Não há pergunta precisa, nem resposta acertada para desistência da vida. Como não há justificativa nem sentença. Mas há a necessidade de amparo e de se falar sobre.

O CVV cumpre com muita dignidade esse nobre papel social. Mas é uma missão que não pode estar restrita à esta entidade. Ela pertence a toda sociedade. A atenção, empatia, amparo, compaixão e solidariedade, salvam vidas e estão ao alcance de todos. Basta que sejam praticadas.