Desde 1983, as Olimpíadas de Champagnat (Olichamp) acontecem em todos os colégios Maristas. É uma maneira de celebrar a obra de São Marcelino Champagnat e um momento em que estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio participam de competições e brincadeiras. Essa dinâmica proporciona, além da prática de esportes, desafios que envolvem diferentes áreas do conhecimento. O planejamento e a execução ficam por conta do Núcleo de Atividades Complementares (NAC).
É um tempo que evoca uma diversidade de emoções e sentimentos, encarados por cada um de forma diferente, mas nunca solitária. Tudo tem um significado especial, do sorteio da cor da camiseta e escolha do nome da equipe ao encerramento, como relata Eduardo, do 2º ano: “A cor sorteada é o que deu vida ao nosso time, os Trilheiros Amarelos”.
Para a entrega das camisetas, optamos pelo drive-thru quando as famílias foram convidadas a doar alimentos para os projetos sociais conduzidos pelo Grupo Marista. Foi também um dia para aliviar a saudade de estar no colégio: “Fui pegar a camiseta da Olichamp e a vesti imediatamente. Foi a melhor camiseta que eu já tive na vida. Atrás, era lindamente linda”, nos sensibiliza Luísa, de sete anos. Eu não poderia expressar melhor o sentimento do coração que se emociona a cada experiência neste colégio, tão grande fisicamente e ainda maior em sua missão.
“Meu time torceu para que eu ganhasse”, contou Lorenzo, e “não ganhamos todas as provas, mas todos deram o seu melhor”, pontuou Enzo no texto que escreveram sobre a Olichamp para registrar que estávamos juntos independente do resultado.
No encerramento, a distribuição de medalhas com o rosto de Champagnat traduz o sentimento de todos: celebrar momentos memoráveis.
“Gostei muito da medalha, porque parecia de ouro e porque nela aparecia meu reflexo”, concluiu Beatriz.
Ao receberem-nas, viam Champagnat e, ao mesmo tempo, viam-se. Não há final melhor para este registro, já que “eu me vejo em você” é o tema que tem nos guiado nos Projetos de Intervenção Social (PIS) dos Anos Iniciais dos colégios Maristas. Por aqui, todas as decisões e ações têm intenções claras. A capacidade de se ver no outro, isto é, a empatia, é atitude que queremos e devemos ressoar e ecoar pelo mundo, influenciados pelas laborações de São Marcelino Champagnat.
Andrea Demarchi Hanemann é professora no Colégio Marista São Luís e pedagoga licenciada em Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil.
