“Magreza não é necessariamente sinônimo de saúde”

Por: Caroline Pappiani

10/04/2019 - 10:04 - Atualizada em: 10/04/2019 - 10:41

O resultado da busca pela palavra “emagrecer” na internet sempre dá a ideia de sucesso e felicidade, enquanto o resultado para “engordar” traz imagens que demonstram preocupação e angústia. Mas nem todas as pessoas magras são saudáveis, e magreza não é necessariamente sinônimo de saúde.

Assim como nem todas as pessoas julgadas como gordas obrigatoriamente apresentam risco de desenvolvimento de doenças, são sedentárias e/ou têm uma alimentação não saudável.

Muitos sites e páginas de emagrecimento acreditam estar utilizando a motivação para melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas. No entanto, na realidade, isso acaba questionando e afetando o psicológico dos leitores; como se apresentar um problema de saúde (quando é o caso), ou uma aparência física diferente dos padrões estéticos atuais, fosse determinado por fraqueza, incapacidade, desleixo e/ou preguiça.

Muitas vezes, imagens dão ideia de que pessoas magras sempre se alimentam de forma saudável e são fisicamente ativas, enquanto pessoas gordas não. Como se existissem dois caminhos, dois extremos, duas opções de alimentos: o certo e errado.

Dieta saudável

Falando em excesso e controle de peso, com certeza em algum momento nessa leitura veio a sua cabeça “dieta”. E nesse assunto, as dietas da moda estão em alta.

No entanto, dietas muito restritivas podem gerar ansiedade e um relacionamento negativo com a comida. Enquanto, de maneira totalmente oposta, o objetivo da promoção da perda de peso saudável deveria ser pautado em uma relação de prazer, equilíbrio e harmonia com a comida.

A ideia de restrição e sofrimento não é saudável, e não deve ser estimulada. Isso porque esse incentivo pode contribuir para o fracasso do tratamento, além de ser um possível gatilho para o desenvolvimento de transtornos alimentares.