“Gesso nos ambientes, um toque diferenciado”

Foto Divulgação/Eixo 11

Por: Eixo 11

18/02/2020 - 17:02 - Atualizada em: 18/02/2020 - 17:17

O gesso é um material onipresente nas construções com alto padrão de acabamento atualmente, podendo ser aplicados não apenas no teto, mas também em paredes e rodapés, sua abrangência é enorme, mas também deve-se tomar alguns cuidados, pois não é recomendado o contato com a água.

No teto, é demasiado o uso de forros de gesso, sendo gesso acartonado ou convencional. O gesso convencional é o mais conhecido, ele é feito com placas de gesso encaixadas e seu valor é menor quando comparado ao outro modelo, por outro lado ele é mais pesado e faz mais sujeira durante a instalação. O gesso acartonado é mais moderno e mais tecnológico que o anterior, sendo feito com grandes placas de gesso revestidas com papel acartonado (daí o nome). Sua instalação é mais rápida e faz menos sujeira, além de não trincar ou amarelar como o gesso convencional.

Também utilizado como divisórias de ambientes e possuem três modelos de placas, o modelo standard é o tradicional (também conhecidas como chapas cinzas), sendo indicada para uso interno e áreas secas; as placas chamadas RU (Resistentes a Umidade, também conhecidas como chapas verdes) são indicadas para áreas úmidas, como banheiros e cozinhas, mas não deve estar em contato direto com a água; as placas resistentes ao fogo (conhecidas também por chapas rosas), são indicadas para saídas de emergências e áreas fechadas como escadas e corredores.

O gesso aplicado no teto pode ser de forma lisa (apenas com a chamada negativa, um recuo nas bordas que dá a impressão do gesso estar flutuando), ou ainda fazer um trabalhado com o gesso, com rebaixos, que além de possuírem a característica de dividir ambientes, é extremamente útil para esconder vigas e tubulações que possam vir a aparecer (muito comum em sobrados e prédios). Com os rebaixos, é possível ainda aplicar iluminação indireta por meio de fitas de led e spots, criando um clima único para o ambiente.

Como dito anteriormente, não é apenas em forros e paredes que podem ser aplicados, o gesso também é utilizado para fazer cortineiros, que são um detalhe arquitetônico que escondem os trilhos das cortinas e conferem um toque especial ao ambiente. Existem alguns modelos de cortineiros que podem ser feitos, os embutidos, que dão a impressão da cortina estar saindo do teto, e os sobrepostos, que estão abaixo do forro (geralmente utilizadas em reformas, quando o forro já é existente ou quando o pé direito do ambiente não permite a colocação de forro de gesso).

Em ambos os casos é possível acrescentar iluminação, trazendo ainda mais aconchego e conforto ao ambiente. Os cortineiros têm largura média de 15 a 20 cm, para permitir que a cortina não fique amassada, porém essa medida poderá variar, conforme as camadas de tecido e formas de prega que a cortina terá.

Gessos também são utilizados como rodapés, porém não são muito práticos, uma vez que não podem entrar em contato direto com a água, apenas com pano úmido; roda tetos, apesar de não ser tão aplicados atualmente, devido ao fato da maior solicitação por cortes retos e lineares; boiseries são outra forma de aplicação do gesso, são aquelas molduras de gesso que estão nas paredes, esteve sumido por um tempo, mas agora está voltado com tudo.

Artigo escrito pelas arquitetas e urbanistas Jeanita Bonato (CAU/SC A135996-7) e Mariana Silva (CAU/SC 199214-7).

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