“Outubro Rosa”

Por: Andreia Chiavini

11/10/2021 - 11:10 - Atualizada em: 11/10/2021 - 11:38

A cura estava começando através da cirurgia. Talvez este dia seja o mais feliz desde o diagnóstico de câncer de mama.

A cirurgia, a retirada daquele nódulo, faria que o renascimento acontecesse. Passar por quimioterapia para viver, passar por radioterapia para reviver. Terapia hormonal, terapia alvo, imunoterapia, terapia complementar. Usar lenços, ter autoestima sem ter cabelo, a careca que nunca desaparece da memória, estar pálida, com dor e com medo. Aprender o verdadeiro significado de amor próprio.

Uma luta pela vida, mesmo quando esta luta é sozinha, no abandono, na falta de coragem do companheiro, na falta de compaixão.

Sério vida, porque tantos desafios para essas mulheres tão guerreiras? Muitas nunca tiveram moleza, sempre foram desafiadas pela vida e estão sendo novamente testadas. O desafio apenas avisa que foi lançado, não pergunta a ninguém se quer participar. Era para ser assim, desafio aceito e vida que segue sendo transformada todos os dias.

Tem dias tão difíceis, vontade de desistir. São vistas como uma doença, sem esperança. O brilho nos olhos se apaga, e se redescobrem através de um diagnóstico. Sobrevivem ao câncer, sobrevivem ao tratamento, sobrevivem a mudança radical da aparência. Sobrevivem à espera do cabelo crescer, quando cresce não é mais o mesmo, está diferente. Aquela mulher também mudou.

A pele dói, está queimada, o seio cheio de feminilidade é substituído por uma história de luta, nada linear, mas constante e intenso. Essas mulheres não são o que aconteceu, são o que decidiram se tornar, uma versão melhorada, com raízes firmes, evoluindo diante da vida, diante dos passos dados e trilhando um caminho que não pode ser chamado de sorte, mas sim de resiliência.

A vida é feita de fases, neste mês de outubro os olhos se voltam para a campanha da prevenção do câncer de mama, mas não podemos esquecer, que cada dia é um dia diferente, tudo muda de uma hora para outra e não podemos esperar um diagnóstico para se redirecionar para a vida. Ela é aqui e agora, exatamente hoje.

Entender que todo dia é um recomeço, um mar de emoções. Não espere aquele envelope escrito câncer para ter vontade de devorar a vida, de viver o que não viveu, de conhecer o que ainda não conheceu, de fazer o que ainda não fez. Não se impulsione através de um diagnóstico, não deixe ser seu destino, não espere o setembro amarelo, o outubro rosa, o novembro azul, para olhar para você, se reconstruir e viver aquilo que você tanto deseja viver um dia. São tantas histórias, tantas inspirações, tantas vitórias.

Recomeços que nos mostram que tudo é possível. Voltar à vida, não aquela que ficou para trás, aquela que te adoeceu, mas a que será construída daqui para frente. Olhe para o seu corpo, para a sua rotina, para a sua saúde mental, emocional e física. Que sejamos todos sobreviventes, cada um na sua batalha, homens, mulheres, outubro, novembro e todos os meses do ano. A consciência e a prevenção são os melhores remédios.

Fique atento a você, a todos os sinais que seu corpo lhe dá. Não espere apenas por uma vida longa, Viva uma vida bem vivida.

Andreia Chiavini Movimento e Bem Estar

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