Raimundo Colombo – “Senado mais apto a reformas”

Por: Pelo Estado

28/09/2018 - 09:09 - Atualizada em: 28/09/2018 - 09:52

Ele estava no Senado, disputou o governo do Estado em 2010 e foi eleito em primeiro turno. Disputou a reeleição e foi novamente eleito em primeiro turno. Agora, mais experiente, quer voltar ao Senado

 Jornais ADI/Adjori – O que muda entre o Colombo que já foi senador e o que quer ser senador?
Colombo – 
A diferença de 2006 para agora é que nós estamos mais conhecidos. Em Brasília, esse relacionamento é um patrimônio muito importante. Na primeira vez eu não conhecia praticamente ninguém, e hoje nós já chegamos em outro patamar. Acho que uma situação de evolução do Senado anterior para o Senado de hoje.

ADI/Adjori – O que deixou de fazer no mandato de 2006 que pretende retomar agora caso seja eleito?
Colombo – 
As circunstâncias daquela época eram mais difíceis, porque eu era oposição ao governo Lula que estava muito forte. Então, muitos projetos nem foram aprovados. Eu vejo que hoje o Senado está mais apto a reformas, mudanças e grandes transformações.

ADI/Adjori – Em meio aos atuais problemas econômicos do país, o candidato acha que vai ter espaço no senado para as questões de Santa Catarina?
Colombo – 
Vai depender muito da postura do próximo governo. A situação financeira do Brasil é muito grave. Então tem que ter iniciativas. Eu acho que nós conseguimos. Olha o exemplo da concessão do aeroporto de Florianópolis. Imagino que não seja impossível construir um cenário que permita realizar as obras com mecanismos alternativos.

ADI/Adjori – O que precisa ser corrigido no atual sistema político?
Colombo – 
Os partidos políticos viraram uma massa de manobra, eles não são uma base intelectual da sociedade. A legislação eleitoral é totalmente absurda, nenhuma democracia sobrevive a tanta desorganização. E o Estado brasileiro ficou muito caro, muito grande e são muitos órgãos de controle e de fiscalização que interferem no dia a dia das ações. Isso tudo são mudanças importantes que só podem ser realizadas quando a sociedade quer que aconteça. E para mim ela quer.

ADI/Adjori – A mudança no pacto federativo está na sua pauta de trabalho no Senado?
Colombo – 
É muito injusto o que acontece. De cada R$ 4,00 arrecadados em Santa Catarina, apenas R$ 1,00 fica aqui. E não vai para o Nordeste ou para o Norte, como deveria, para incentivar o desenvolvimento por lá. Na prática, esse dinheiro está ficando em Brasília para sustentar a máquina pública. Isso tem que ser revisto. Mas, antes de qualquer mudança neste sentido, é preciso fazer a economia voltar a crescer de novo.