Otimismo, apesar de tudo

Por: Pelo Estado

30/05/2018 - 09:05 - Atualizada em: 30/05/2018 - 09:17

O Sebrae-SC divulgou o resultado da pesquisa Tendência Conjuntural dos Pequenos Negócios referente aos resultados e crescimento do primeiro trimestre do ano e perspectivas dos empresários para o trimestre atual (abril, maio e junho).

De acordo com o estudo, o índice de expectativas dos pequenos negócios para os próximos três meses registrou aumento de 8,2 pontos sobre o trimestre anterior. A expectativa de aumento das compras subiu 19,5 pontos e das vendas, 14,7 pontos. “Os pequenos negócios também apresentaram maior intenção de investimento, 22%, o melhor resultado desde a pesquisa referente ao trimestre de janeiro a março de 2016”, complementa o Analista Técnico do Sebrae-SC Cláudio Ferreira. Porém, esse otimismo não vai se refletir em mais empregos já no primeiro semestre, o que só deve ocorrer no segundo.

Vale destacar que a pesquisa foi aplicada a 150 microempreendedores individuais, 150 microempresas e 100 empresas de pequeno porte no período de 3 a 10 de abril, portanto, bem antes da crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros e que está atingindo todos os setores da economia do país.

As opiniões daquele momento podem ter mudado. Além disso, Cláudio explica que mesmo antes da paralisação o otimismo em relação ao desempenho das empresas não é acompanhado por uma visão positiva em relação à situação econômica do país. “Constata-se uma queda de 17,5% no percentual de empresários que acreditam que o cenário econômico brasileiro irá melhorar, predominando tendência de estabilidade para 60%, relacionada em parte à perda de ritmo no aumento de vendas do trimestre passado.”

O primeiro trimestre de 2018 caracterizou-se por melhora nos custos, fruto da estabilidade e algumas reduções, mas queda nas vendas e nas compras. Percebe-se que após bons resultados de fim de ano, os pequenos negócios apresentaram retração de quase 9 pontos, normal para a época do ano. Comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, o resultado geral do período apresentou uma variação positiva de 5 pontos, o melhor índice atingido para o período desde o primeiro trimestre de 2015, quando a pesquisa começou a ser realizada.

Marco histórico

A Celesc chegou à marca de 3 milhões de clientes. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Cleverson Siewert, em reunião com a diretoria da Federação das Indústrias (Fiesc).  Para o presidente, o número é um marco na história da Celesc. “Esses 3 milhões de clientes são o resultado de uma gestão eficiente aliada ao comprometimento dos nossos empregados. Dois trunfos fundamentais para que a Celesc continue crescendo, se renovando e oferecendo um serviço de qualidade aos catarinenses”, afirmou. O governador Eduardo Pinho Moreira, presente à reunião, elogiou o trabalho que vem sendo realizado na concessionária.

“Nós, brasileiros, sonhamos em tornar este país uma Nação de primeiro
mundo. Mas não existe nenhum país do primeiro mundo, desses como nós sonhamos ser, que tenha um regime de ditadura. Todos eles são democráticos. São democracias constituídas.”

Presidente da OAB-SC, Paulo Marcondes Brincas, defendendo a manutenção do estado democrático de direito no Brasil, apesar do grave contexto atual

Paralisação

Em meio a informações desencontradas, ora dando conta do fim da greve dos caminhoneiros, ora indicando o acirramento da paralisação, com apoio popular e anúncio de greve por parte de mais categorias –  petroleiros, agentes penitenciários do Estado, por exemplo -, alguns dados já assustam. Havendo a liberação dos estoques de combustíveis, serão necessários de dois a sete dias para que os postos voltem a atender normalmente. O governador Eduardo Moreira declarou que, graças à rápida organização do governo foi possível manter certo clima de tranquilidade, mas o limite também está chegando por aqui.

Agravamento da crise

Já o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, projetou que
serão necessários pelo menos dois meses para que a indústria catarinense retome seu ritmo de produção. Segundo ele, quase 80% das indústrias de Santa Catarina foram muito afetadas ou chegaram a suspender a produção. Côrte previu dois graves reflexos: mais desemprego e aumento da inflação. E reclamou do anúncio feito pelo governo federal de compensar as medidas em favor dos transportadores de cargas com aumento de tributos. “O aumento da arrecadação deve se dar pela via da ampliação da atividade econômica. O país precisa ter um pouco de serenidade. Precisamos voltar a trabalhar”, resumiu.

Ainda dá tempo!

As inscrições para o 11º Concurso Universitário de Negócios Inovadores, promovido pelo Sebrae-SC, terminam no próximo sábado (02/jun). Saiba mais em sebrae.sc/concurso2018