O delegado Jair Pereira Duarte, coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, concluiu o inquérito policial que apurou o brutal assassinato das jovens Karoline de Souza, de 24 anos, e Gabriela Silva Rocha, de 21 anos.
Na noite do dia 2 de janeiro, as vítimas foram amarradas, amordaçadas, retiradas à força de casa – elas moravam juntas, no bairro Coloninha -, e levadas, a pé, até a beira do Rio Araranguá. Lá, foram degoladas e jogadas no rio. Os corpos foram encontrados três dias depois.
Prisões
No dia 12, um, dos dois acusados do crime, foi preso na localidade de Morro Chato, em Turvo. Trata-se do ex-namorado de Karol que vinha a ameaçando de morte. O comparsa, amigo dele, foi preso em Santa Rosa do Sul no mesmo dia.
Segundo o delegado, a motivação foi passional.
“Eles tiveram um relacionamento e um desentendimento que o levou a cometer o crime. A outra vítima (Gabriela) foi assassinada para não deixar testemunho (queima de arquivo). Um crime que poderia ter sido evitado. Ela vinha sendo ameaçada, não procurou a delegacia e as ameaças acabaram se concretizando”, observou a autoridade policial.
O acusado, que tem 26 anos, usava uma tornozeleira eletrônica e respondia também por um homicídio. Ele e o comparsa responderão por homicídio com diversas qualificadoras, dentre elas a de feminicídio, além de sequestro e ocultação de cadáver.
Um terceiro suspeito chegou a ser detido, mas não ficou comprovada a participação no duplo assassinato. Ele teria dado uma carona aos criminosos, mas não sabia do cometimento dos crimes.
O inquérito policial segue para análise do Ministério Público e Poder Judiciário.